Mudanças climáticas: a Câmara Federal diz o quê?

Comissão promove debate sobre emergências climáticas e deputada lembra que a população pobre dos municípios afetados é a que mais sofre os impactos; acompanhe.

 

Para entender o assunto

Mudança climática se refere às transformações de longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Essas alterações podem ser naturais; contudo, as atividades humanas têm sido a principal causa das mudanças climáticas, principalmente por causa da queima de combustíveis fósseis (como carvão, petróleo e gás), que produzem gases que retêm o calor. O Brasil, aliás, tem enfrentado inúmeros eventos decorrentes de secas e chuvas.

 

Agora, à Casa

A Comissão de Legislação Participativa está promovendo uma audiência pública sobre emergências climáticas. O debate foi sugerido pela deputada TALÍRIA PETRONE (Psol-RJ). Ela lembra que o país se defrontou com inúmeros eventos decorrentes de secas e enchentes, cujos impactos são muito mais severos para a população pobre dos municípios afetados. “Este cenário impõe a emergência de criação de políticas públicas que garantam a sobrevivência dos trabalhadores e trabalhadoras da região. Os eventos climáticos hidrológicos extremos, como as secas e enchentes, desde algum tempo, deixaram de ser fenômenos de completa surpresa”, avalia a deputada.

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Deputada federal TALÍRIA PETRONE (Psol-RJ)

No contexto urbano, o que vejo é um modelo que aposta em um planejamento comprometido com a especulação imobiliária em detrimento da proteção de recursos naturais e da garantia de habitação segura para o conjunto da população, e do suporte à agricultura familiar”, acrescenta ela [Talíria].

 

Cientistas negam o aquecimento global

Primeiro, deve-se conceituar aqui o efeito estufa e a sua importância para a Terra. O efeito estufa é um fenômeno natural e essencial para manutenção da vida e sem ele a Terra seria um picolé, pois ele mantém o planeta aquecido numa temperatura ambiente; entretanto, esse efeito tem se intensificado em virtude da emissão excessiva de gases à atmosfera.  Alguns cientistas defendem que o aquecimento global não é resultado do efeito estufa, mas sim de causas naturais, como o aumento da atividade solar. Entre os cientistas que fazem críticas ao aquecimento global estão o físico e meteorologista brasileiro Luiz Carlos Molina, o climatologista, também brasileiro, Ricardo Augusto Felício, o português Rui Moura, o mexicano Mario Molina (um dos laureados com o Prêmio Nobel de Química de 1995), o dinamarquês Bjorn Lomborg e o norte-americano Patrick Michaels.

 

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As possíveis causas apontadas por esses cientistas para a elevação da temperatura seriam de origem natural, como o aumento da produção de energia solar e de raios cósmicos (radiação ionizante emitida pelo Sol), formação das nuvens e a diminuição do albedo planetário (percentual de radiação de ondas curtas refletida de volta para o espaço exterior). Além disso, esses estudos não levam em consideração o papel da inércia térmica dos oceanos, que tem grande importância no controle do clima, já que 71% da Terra é constituída por água. Esse grande volume de água funciona como um reservatório de calor, ou seja, graças ao seu elevado calor específico, os oceanos recebem grande quantidade de energia e controlam a temperatura do planeta, não permitindo que a temperatura aumente de forma brusca, suavizando as mudanças climáticas. É importante lembrar que esses cientistas não defendem que, em vista desses argumentos, agora se deva indiscriminadamente poluir o meio ambiente, pois existem outros fatores que devem ser levados em consideração, como outros poluentes que são lançados por meio da queima de combustíveis fósseis. Esses cientistas também concordam que a elevação ao dobro da quantidade de CO2 na atmosfera terá influências na temperatura da Terra. O desacordo é, no entanto, quanto à intensidade desse efeito e quanto à origem deste aumento, pois, conforme foi mostrado neste texto, pode ter sido por variações internas ao sistema Terra-Oceano-Atmosfera.

 

Para audiência da Casa foram convidados:

  • o representante do Movimento de Atingidos por Barragens Roberto Carlos de Oliveira;
  • o representante do Movimento de Pequenos Agricultores Beto Palmeira;
  • a representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto Julia Ladeira;
  • o professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Hailton Pinheiro;
  • o vereador do município do Rio de Janeiro Tarcísio Motta;
  • a representante do Fórum de Mudanças Climáticas Carla de Carvalho;
  • o representante do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana Sergio Arouca;
  • e o representante da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz Sérgio Portella.

 

 

Harry – Portal Política

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