Silvia Waiãpi é uma indígena brasileira nascida e criada na comunidade Waiãpi no Amapá, Brasil. Ela nasceu em 1972 e cresceu na floresta amazônica, onde conheceu os costumes e tradições de seu povo. Em sua juventude, ela aprendeu português e decidiu seguir a educação formal, eventualmente se formando em fisioterapia em uma universidade no Rio de Janeiro.
Advocacia para a Integração Indígena
Waiãpi tem sido um forte defensor da integração dos povos indígenas à sociedade formal brasileira, principalmente por meio da educação. Ela acredita que os indígenas podem se beneficiar da educação e navegar melhor na sociedade brasileira se tiverem um bom entendimento do português e do sistema educacional formal.
Papel dos militares na política indigenista
Waiãpi também vê um papel fundamental dos militares brasileiros na política indigenista, pois eles têm meios e pessoal para chegar às comunidades distantes e de difícil acesso, oferecendo apoio social e serviços de saúde.
Envolvimento na Política
Em novembro de 2018, Waiãpi foi uma das quatro mulheres selecionadas para fazer parte da equipe de transição do presidente Jair Bolsonaro. Apesar das críticas, ela defendeu Bolsonaro por não ser contra os indígenas. Ela é próxima da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e da primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro.
Nomeação como Secretário de Saúde Indígena
Em 24 de abril de 2019, Waiãpi foi nomeado secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde do Brasil, pelo então ministro Luiz Henrique Mandetta. Sua nomeação foi elogiada por Damares Alves, mas criticada por algumas lideranças indígenas que a acusaram de servir aos interesses de um governo "anti-indígena". Em um de seus primeiros atos na função, Waiãpi autorizou o pagamento de uma fatura de 4,9 milhões de transportes em Roraima que a direção do departamento era contra o pagamento.
Nomeação como Conselheiro de Igualdade Racial
Em fevereiro de 2021, Waiãpi foi nomeada Conselheira Nacional para a Igualdade Racial, cargo vinculado ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Nessa função, ela é responsável por propor políticas de promoção da igualdade racial, com foco nos negros e outros segmentos raciais e étnicos da população brasileira. Ela também propôs alternativas para superar as desigualdades raciais do ponto de vista econômico, social, político e cultural.
Eleição para Deputado Federal
Nas eleições gerais brasileiras de 2022, Waiãpi foi eleito deputado federal pelo Amapá pelo partido PL, tornando-se o deputado federal menos votado do Brasil com 5.435 votos. Recebeu apoio de nomes como Eduardo Bolsonaro, Damares Alves e Carla Zambelli, o que gerou críticas da Bancada Cocar. Durante sua campanha, ela moveu uma ação contra os presidentes nacional e regional de seu partido, acusando-os de lhe fornecerem menos verbas de campanha por ela ser negra, indígena e bolsonarista.
Carreira profissional
Waiãpi atuou como Chefe de Medicina Física e Reabilitação do Hospital Central do Exército no Rio de Janeiro de 2011 a 2018. Ela também fez parte da Equipe de Transição do Ministério do Meio Ambiente.