Filho de Júlio Domingos de Campos e Amália Curvo de Campos. Iniciou sua carreira política na época do Regime Militar de 1964 ao filiar-se ao PSD e em 1969 formou-se em Agronomia na Universidade Estadual Paulista. Secretário de Viação e Obras Públicas em Várzea Grande foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso e chefiou o setor de Colonização e Operações da Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso (CODEMAT). Eleito prefeito de Várzea Grande pela ARENA em 1972 e deputado federal em 1978, migrou para o PDS elegendo-se governador de Mato Grosso em 1982 na primeira disputa direta para o Palácio Paiaguás desde a vitória de Pedro Pedrossian em 1965.
Durante sua passagem pela prefeitura de Várzea Grande, solicitou ao Governo Federal um segundo canal de televisão em Cuiabá, onde existia apenas a TV Centro América, pedido atendido em 1979 com a inauguração da TV Brasil Oeste com a posse de Frederico Campos no governo do estado, sendo que este não possui relação de parentesco com a família Campos. Durante a passagem pelo senado, conseguiu de 1995 a 1996, ter retransmissoras da TV Brasil Oeste, visto como uso político contra partidários do governador Dante de Oliveira, o que gerou polêmica. Alugou a TV Brasil Oeste que passou a exibir a programação da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Após migrar para o PFL renunciou ao governo e foi eleito sucessivamente deputado federal em 1986 e senador em 1990 ocupando uma cadeira que já pertencera ao seu tio, Sílvio Curvo. Derrotado por Dante de Oliveira ao disputar o governo estadual em 1998, cumpriu seu mandato de ´senador da República até 1999. Em 1991, como senador, Campos foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.
Em 28 de junho de 2002 tomou posse como conselheiro no Tribunal de Contas de Mato Grosso indicado pela Assembleia Legislativa e homologado pelo sucessor de Dante de Oliveira no governo do Estado, Rogério Sales, permaneceu no TCE/MT até 12 de dezembro de 2007, quando se aposentou. Em 2008 disputou a prefeitura de Várzea Grande e obteve 45.688 votos, ficando com o 2º lugar atrás do candidato eleito, Murilo Domingos. Em 2010 foi eleito deputado federal com 72.560 tendo concluído seu mandato em 2015.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) havia cassado por oito anos o mandato de Júlio Campos, então deputado federal, em julho de 2014, por suposta compra de votos e gasto ilícito de dinheiro público na sua campanha eleitoral. Contudo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da decisão monocrática da ministra Maria Thereza, reformou a decisão do TRE por verificar que restou comprovado que tais alegações não merecem prosperar, tendo em vista a inexistência de qualquer prova neste sentido e que justifique uma cassação e inelegibilidade pelo período de oito anos. Com efeito, após as devidas comprovações, o Tribunal Superior Eleitoral devolveu os direitos políticos ao ex-prefeito, ex-governador, ex-senador e ex-deputado Julio Campos que desabafa: “O prejuízo político, eleitoral e emocional, decorrente da condenação pelo TRE é irreparável, mas nada como um dia após o outro para que, com a graça de Deus, a verdade seja restabelecida”.
Em 2020, com a cassação da Senadora Juíza Selma, Júlio ensaiou candidatura ao senado na eleição suplementar, chegou a ser escolhido candidato na convenção de seu partido, conduto, a eleição que estava marcada para 26 de abril de 2020, foi adiada pelo TSE devido a pandemia de COVID-19, a eleição suplementar para senador só foi ocorrer em 15 de novembro de 2020, junto com as eleições municipais e Júlio concorreu a vaga de 1º suplente na chapa de Nilson Leitão, que ficou em 3º lugar.