Osmar Gasparini Terra nasceu em Porto Alegre, no dia 18 de fevereiro de 1950. Filho de Walter Paim Terra, assessor parlamentar, e Nelly Lúcia Gasparini Terra, servidora pública do INCRA. Quando ainda era criança, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro. Durante sua adolescência e juventude, destacou-se como bom aluno e formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Engajamento político
Durante seu período como estudante universitário, Osmar Gasparini Terra associou-se aos movimentos estudantis e ao Partido Comunista do Brasil, tornando-se um opositor da ditadura militar brasileira. Nessa época, ele conheceu Mônica Tolipan, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da PUC-RJ, com quem se apaixonou e posteriormente se casou. Mônica enfrentou perseguição do regime militar, sendo presa três vezes e torturada por Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Exílio e retorno ao Brasil
Após a libertação de Mônica, o casal decidiu deixar o Rio de Janeiro e escolheu inicialmente São Paulo como destino, onde Osmar desenvolveu uma amizade com Jaques Wagner. Posteriormente, exilaram-se em Buenos Aires, onde Osmar trabalhou em uma clínica popular. Nos anos 80, retornaram ao Rio Grande do Sul, estabelecendo-se em Porto Alegre e, posteriormente, mudando-se para Santa Rosa por receio de perseguição da ditadura. Osmar abriu uma consultoria e envolveu-se com grupos sindicalistas médicos. Durante esse período, ele buscou se afastar da política, mas com a chegada da redemocratização, voltou a se engajar nos movimentos de oposição ao regime, aproximando-se do centro político.
Trajetória política
Em 1986, Osmar Gasparini Terra filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), enquanto era funcionário do INAMPS (atual INSS). Ele aderiu à greve dos residentes contra os dirigentes e, posteriormente, foi nomeado chefe da superintendência. Nessa posição, juntamente com seus antigos correligionários do Partido Comunista do Brasil e alas esquerdistas do MDB, fez campanha pela reforma sanitária, o que culminou na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1987.
Terra foi prefeito de Santa Rosa de 1993 a 1996 e concorreu a uma vaga na Câmara Federal em 1998, assumindo como suplente de maio de 2001 a 2003. Nas eleições de 2002, ficou novamente como suplente, assumindo o cargo em janeiro de 2005. Em 2007, assumiu uma cadeira titular, mas afastou-se para assumir o cargo de secretário de saúde do governo do Rio Grande do Sul. Osmar Terra é conhecido por sua posição contrária à legalização ou descriminalização das drogas.
Em 2014, foi reeleito deputado federal para a 55ª legislatura (2015-2019) e votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Em agosto de 2017, votou pelo arquivamento da denúncia de corrupção passiva do presidente Michel Temer. Nas eleições de 2022, Osmar Gasparini Terra foi novamente eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul, recebendo 103.245 votos.