Júlio Lopes, nascido em 6 de abril de 1959, é um administrador de empresas e político brasileiro filiado ao Partido Progressista (PP). Com uma trajetória marcada por participação ativa na política e na administração pública, Júlio Lopes se envolveu em diversas questões relevantes ao longo de sua carreira. Nesta biografia, exploraremos os principais eventos e posições políticas do ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Início da Carreira e Secretaria de Transportes
Após formar-se em Administração de Empresas, Júlio Lopes aprimorou seus conhecimentos ao obter uma pós-graduação em Administração Escolar e Marketing pela Faculdade de Ciências Públicas e Econômicas do Rio de Janeiro. Em seu primeiro grande cargo público, Lopes foi secretário de transportes durante o governo de Sérgio Cabral Filho.
Contudo, sua gestão ficou marcada por um episódio trágico: o acidente e posterior paralisação do serviço de bondes de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Esse incidente resultou em críticas e responsabilizações direcionadas a Júlio Lopes, colocando seu nome em destaque na esfera pública.
Atuação na Câmara dos Deputados
Em 2014, Júlio Lopes foi eleito deputado federal para a 55ª legislatura (2015-2019). Durante seu mandato, tomou posições significativas em votações de destaque no cenário político nacional.
Em 2016, Lopes votou a favor da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, demonstrando seu apoio à destituição da presidente naquele momento. Posteriormente, durante o governo de Michel Temer, ele também votou a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto dos Gastos Públicos, uma medida amplamente debatida e controversa no país.
Reforma Trabalhista e Delações da Odebrecht
No âmbito das reformas propostas pelo governo, em abril de 2017, Júlio Lopes manifestou apoio à Reforma Trabalhista, uma reformulação significativa nas leis trabalhistas no Brasil. Essa posição refletiu seu alinhamento com as medidas defendidas pela administração vigente.
No entanto, o nome de Júlio Lopes foi envolvido em uma controvérsia quando foi divulgado nas delações da Operação Lava Jato, envolvendo a construtora Odebrecht. Segundo as delações, Lopes foi mencionado como o quinto político que mais teria recebido dinheiro de caixa dois. Essas alegações lançaram dúvidas e levantaram questões sobre sua conduta na esfera política.
Vice-liderança e Novas Eleições
Em agosto de 2017, Júlio Lopes votou a favor do presidente Michel Temer no processo em que se pedia abertura de investigação, uma votação crucial para o futuro do mandato presidencial. Sua postura favorável a Temer foi reforçada quando ele assumiu o papel de vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, ampliando sua influência política.
Nas eleições de 2018, Júlio Lopes tentou se reeleger como deputado federal pelo Rio de Janeiro, porém, apesar de obter cerca de 40 mil votos, ficou como segundo suplente na coligação DEM/MDB/PP/PTB. Apesar da não reeleição naquele momento, Lopes reassumiu sua vaga na Câmara em junho de 2021, após a nomeação de Juninho do Pneu para a secretaria estadual de Transportes.