Ediane é natural de Floresta (PE) mas mudou-se para Estado de São Paulo no ano de 2002 quando tinha 18 anos de idade e passou a trabalhar como empregada doméstica na capital paulista. Porém, apenas no ano de 2015 passou a ter o seu primeiro registro em carteira assinada.
Em 2017 concluiu os estudos por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e integrou a ocupação Povo sem Medo de São Bernardo do Campo, a qual chegou a ter cerca de 12 mil famílias.
É moradora do bairro Sítio dos Vianas, periferia de Santo André, mãe solteira de quatro filhos e bissexual.
Ediane costuma se apresentar em rodas de samba como cantora, sendo que o estilo musical a fez perceber a importância da mulher negra e a fez deixar de alisar seus cabelos, especialmente ao conhecer mais a fundo a história dos negros do Brasil.
Ediane conheceu o MTST em 2017 quando percebeu desperdícios durante a fila no programa Viva Leite, que destinada leite para filhos de famílias vulneráveis, e ajudou a organizar melhor as sobras da distribuição. Foi assim que conheceu inregrantes do MTST e logo passou a participar do movimento. Posteriormente veio a se tornar coordenadora estadual do coletivo. Em menos de um ano dentro do movimento, começou a coordenar cerca de 800 famílias na Ocupação Marielle Franco, no bairro paulistano Grajaú.
Em junho de 2022, durante protesto pela fome realizado pelo MTST em frente ao Shopping Iguatemi São Paulo, Ediane defendeu o movimento após integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) protocolarem requerimento ao Ministério Público para considerar o MTST uma organização criminosa. Em nota, a coordenadora do movimento afirmou que os integrantes lutam em defesa da Constituição, para erradicar a pobreza e desigualdade social e teceu críticas ao MBL.
Em março de 2022, foi motivada e apoiada diariamente em sua campanha por Guilherme Boulos, deputado federal mais votado pelo estado de SP nas eleições de 2022, para o cargo de deputada estadual pelo PSOL. Foi eleita com 175.617 votos, sendo a terceira deputada estadual mais votada da Região do Grande ABC.
Em seu mandato, pretende dar visibilidade às discussões sobre raça, gênero e sobre os movimentos por moradia que, segundo ela, tem sido injustamente marginalizados e tidos como "terroristas" e "oportunistas".