Carlos Alberto Rolim Zarattini, nascido em 8 de junho de 1959, na cidade de São Paulo, é um economista e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Com uma trajetória marcada por engajamento político e atuação parlamentar, Zarattini conquistou seu espaço na política brasileira, sendo eleito para quatro mandatos na Câmara dos Deputados. Sua dedicação às causas sociais e seu papel na defesa dos trabalhadores e dos direitos humanos o tornaram uma figura proeminente dentro do partido e no cenário político nacional.
Juventude e Militância Estudantil
Durante a ditadura militar, Carlos Alberto Zarattini participou ativamente da reorganização dos estudantes secundaristas em São Paulo, demonstrando desde cedo seu engajamento político. Inicialmente, foi membro da Juventude do antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e, posteriormente, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1985, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), onde encontrou espaço para suas convicções políticas.
Atuação Sindical e Conquistas dos Trabalhadores
Zarattini teve uma participação significativa no Sindicato dos Metroviários, onde foi eleito secretário-geral por duas vezes. Durante sua liderança, lutou por importantes conquistas da categoria, como a implementação do adicional de periculosidade elétrica, a redução da jornada de trabalho para 36 horas e reajustes salariais que superavam a hiperinflação da época. Sua atuação sindical foi fundamental para melhorar as condições de trabalho dos metroviários e garantir seus direitos.
Trajetória Política Local
Em 1992, Carlos Zarattini candidatou-se a vereador na cidade de São Paulo pelo PT, obtendo a terceira suplência. Em 1995, assumiu o mandato e apresentou um projeto de lei criando o Bilhete Único, uma proposta inovadora para a integração do transporte público na cidade. Embora tenha enfrentado obstáculos, como o veto do então prefeito Paulo Maluf, Zarattini demonstrou persistência e dedicação na defesa de políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana.
Atuação na Gestão Municipal
Com a eleição de Marta Suplicy para a prefeitura de São Paulo em 2000, Zarattini assumiu a Secretaria Municipal de Transportes. Nessa posição, foi responsável pela reestruturação do sistema de transporte público da cidade, viabilizando a implantação do Bilhete Único, uma antiga bandeira sua. Enfrentando resistências e pressões de diferentes setores, Zarattini demonstrou habilidade política ao coordenar a criação do transporte escolar gratuito, a regulamentação do sistema de fretamento e táxis, além da ampliação dos quadros operativos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Carreira na Câmara dos Deputados
Em 2006, Carlos Zarattini foi eleito deputado federal por São Paulo, iniciando seu primeiro mandato em 2007. Durante essa legislatura, atuou como titular da Comissão de Viação e Transporte e foi relator da nova Tarifa Social de Energia Elétrica, buscando aperfeiçoar as políticas de inclusão social no setor energético. Sua atuação parlamentar se destacou na defesa dos direitos dos trabalhadores e na promoção de políticas públicas voltadas para a educação, transporte e energia.
Em seu segundo mandato, eleito em 2010, Zarattini assumiu a vice-liderança da bancada do PT e atuou nas comissões de Minas e Energia e de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Destacou-se como relator da Lei de Anistia aos imigrantes irregulares e presidiu a Comissão Especial de Aplicação dos Recursos dos Royalties. Além disso, apresentou projetos importantes, como o que visava disciplinar a atividade de lobby e a atuação de grupos de interesse na Administração Pública Federal.
Reeleições e Liderança Partidária
Zarattini foi reeleito em 2014 e 2018, consolidando-se como uma figura influente no PT e na Câmara dos Deputados. Durante esses mandatos, exerceu papéis de destaque, como vice-líder do Governo Dilma Rousseff, relator da Medida Provisória que alterou as regras para concessão de pensão por morte e auxílio-doença, e autor do pedido de criação da CPI do sistema carcerário brasileiro. Sua atuação também abrangeu questões relacionadas à defesa nacional, à reforma política e à luta contra a corrupção.