Alessandro Vieira questiona STF sobre as participações de Gilmar Mendes em eventos nacionais e internacionais

Com base na Lei de Acesso a Informação, Vieira busca transparência sobre custeio e possíveis conflitos de interesse envolvendo o ministro da Corte.

Foto: Reprodução

Com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) oficiou o Supremo Tribunal Federal para saber quem custeou a participação do ministro Gilmar Mendes em ao menos onze eventos realizados no último ano no Brasil e no exterior. Vieira alega que não existem informações transparentes e públicas sobre detalhes desses eventos e possíveis conflitos de interesse no âmbito de processos judiciais.

Além disso, as informações sobre passagens aéreas relativas à representação institucional não especificam o destino das viagens e a agenda correspondente”, afirma Vieira na solicitação dos esclarecimentos.

No pedido, o senador questiona se o STF arcou com despesas como passagens aéreas e diárias para custear a participação do ministro em eventos como fóruns, seminários e inaugurações realizadas várias cidades e países, incluindo Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, França e Portugal, e outros eventos e diárias fora de Brasília não especificados. O senador também destaca a programação futura, incluindo a participação de Gilmar Mendes, em maio, no Fórum Transformações e Mesas de Debate, em Madri, Espanha, promovidos pelo Conselho Federal da OAB.

Vejamos

No ofício, o senador também questiona se os eventos com participação do ministro Gilmar Mendes possuem organizadores e patrocinadores da iniciativa privada que figuram no polo ativo ou passivo de processos em tramitação no STF e se a existência desses atores configura circunstância que impede que ministros do STF participam como convidados, palestrantes ou outras formas nos referidos eventos.

Vieira também questiona se o STF mantém o controle de gastos privados que custeiam a participação de ministros em eventos e se a participação dos ministros em eventos privados, custeados com recursos privados e que tem o potencial de interferir em processos em tramitação na Corte estão sujeitas a fiscalização do Tribunal. No documento, o senador alega que Portal da Transparência do STF não fornece informações acerca da agenda dos ministros, ausências e presenças nas sessões plenárias.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa do senador Alessandro Vieira (com adaptações)

 

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