A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) convidou formalmente o PSDB para uma aliança na disputa pela prefeitura de São Paulo no ano que vem. A proposta para uma composição veio à tona nesta quinta-feira, dia 23, durante encontro com o presidente do diretório municipal na capital, Orlando Faria. “Considero que a participação do PSDB no nosso projeto para a reconstrução da cidade de São Paulo é fundamental. O partido tem um quadro técnico significativo, tradição e histórico de entregas em São Paulo e no Brasil. É uma aproximação muito importante e prioritária nesse projeto”. Disse a parlamentar ao jornal O Globo.
Faria, que assumiu o diretório tucano em São Paulo no mês passado, disse que o convite será debatido internamente no partido. Segundo ele, não foi discutido se a sigla teria a vice na chapa. Um dos nomes cotados é o apresentador de TV José Luiz Datena, que entregou uma carta com pedido de desfiliação ao PDT após convite de Tabata para chapa à prefeitura paulistana. “A Tabata formalizou esse convite para que o PSDB estivesse com ela em 2024. Não tratou de vice, foi um convite mais amplo. Ela afirmou que o PSDB seria o parceiro prioritário na campanha, mas não falou de cargo ou espaço.” Afirmou o tucano.
Vantagens
A possível aliança do PSDB com Tabata representa uma ameaça ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), que se elegeu na chapa do tucano Bruno Covas, morto em maio de 2021, e vinha se articulando para evitar uma ruptura com a legenda. Até outubro, Nunes dava como garantida a presença do PSDB na sua coligação, já que tinha o apoio tanto do diretório municipal quanto da bancada de vereadores da Câmara Municipal. Mas os ventos mudaram de direção no mês passado, após o presidente nacional do partido e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, invalidar a eleição do diretório municipal em São Paulo e nomear um comando provisório, tendo Orlando Faria como presidente.
“O pedido de reunião com a executiva provisória e ilegítima do PSDB para discutir candidaturas e possíveis alianças demonstram uma postura desrespeitosa e desconsideram não apenas o legado e a memória de Bruno Covas como os processos democráticos internos da legenda“, disse Alfredo, que reafirmou o apoio à reeleição de Nunes em 2024. O PSDB é um partido amplo e é necessário discutir essas estratégias para chegar a um consenso em São Paulo.
Fonte: O Globo e CNN, com adaptações