Em meio ao debate sobre corte de despesas do governo, o Congresso Nacional se articula para garantir a manutenção do atual patamar de emendas no orçamento do ano que vem. O relator da LDO, senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirma que os parlamentares estão sensíveis ao corte de gastos prometido pela equipe econômica, mas afirma que não vê espaço no momento para reduzir o valor das emendas parlamentares. O presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), também explica que o governo agora precisa fazer o dever de caso e cortar as despesas, mas sem reduzir as emendas parlamentares.
Embora o governo fale em apertar os cintos, deputados e senadores não estão dispostos a abrir mão das emendas, que são destinadas para obras e serviços em redutos eleitorais. No orçamento de 2024, elas somam cerca de 50 bilhões de reais. Ao enviar a Lei de Diretrizes Orçamentárias para debate no Congresso, o governo colocou a previsão de quase 40 bilhões de reais em emendas para 2025, valor menor do que o de 2024. A LDO baliza o orçamento que ainda será enviado.
No Executivo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última semana que a equipe econômica terá como foco do trabalho a redução de despesas, já que a Lei Orçamentária será enviada ao Congresso Nacional até o fim de agosto. O vice-presidente Geraldo Alckmin, em evento no interior de São Paulo, disse que o governo espera indicar cortes de curto, médio e longo prazo.
Fonte: CBN (com adaptações)