Nascido em 9 de novembro de 1950 em Curitiba, Flávio José Arns carrega um forte legado familiar em sua trajetória. Filho de Osvaldo Arns e de Teresinha Mohr Arns e sobrinho de personalidades renomadas como Zilda Arns e Dom Paulo Evaristo Arns, sua família sempre se destacou pela atuação em causas sociais e pelo espírito de liderança.
Sua formação acadêmica é um reflexo de sua vocação para o ensino e o aprendizado contínuo. Arns se formou em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em 1972 e em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1973, instituição na qual também se tornou professor. Em 1980, alcançou o título de Ph.D. em Linguística pela Universidade Northwestern, em Illinois, nos Estados Unidos, após concluir seu mestrado na UFPR.
Carreira Profissional
Arns teve uma carreira profissional marcada pela dedicação à educação e à defesa das pessoas com deficiência. Entre 1983 e 1990, atuou como diretor do Departamento de Educação Especial da Secretaria de Educação do Paraná e ocupou a presidência de importantes organizações voltadas para o bem-estar e os direitos das pessoas com deficiência, como a Federação Nacional das APAEs e a Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Mentais.
Sua contribuição na área da educação foi reconhecida em 2015, quando assumiu a cadeira de número 10 na Academia Paranaense de Letras, ocupando a vaga deixada pela escritora e ex-primeira-dama do Paraná, Flora Munhoz da Rocha.
Trajetória Política
Flávio José Arns iniciou sua carreira política em 1990, sendo eleito deputado federal pelo PSDB. Após sua reeleição três vezes seguidas, em 2002, foi eleito senador, cargo que ocupa até hoje, atualmente pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Sua trajetória política é marcada por uma busca constante pela justiça social e melhoria da educação. No Senado, presidiu a Comissão de Educação, Cultura e Esporte e foi relator da PEC 26/2020, que instituiu o FUNDEB permanente, garantindo uma maior participação do estado no financiamento da educação básica, proposta que foi aprovada por unanimidade.
Arns também se destacou por sua coragem em defender suas convicções, mesmo quando isso significava romper com seu partido. Em 2009, desligou-se do PT, discordando da maneira como o partido tratou as denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney. Posteriormente, passou pelo PSDB, pela Rede Sustentabilidade, pelo Podemos, e atualmente é filiado ao PSB.