O delegado Alexandre Saraiva, conhecido por sua liderança nas investigações contra o ex-ministro Ricardo Salles durante o governo de Jair Bolsonaro, recebeu uma punição de 31 dias de suspensão pela Polícia Federal. Em 2021, Saraiva acusou Salles e o então senador Telmário Motta de tentarem obstruir a Operação Handroanthus, que investigava a exportação ilegal de madeira. A punição ocorreu após Saraiva ter sido considerado culpado por transgressão disciplinar, devido a críticas públicas e acusações contra a direção da PF.
O processo disciplinar contra Saraiva teve início em novembro de 2022, sob a supervisão de Marcio Nunes Oliveira. Durante o governo Bolsonaro, Saraiva foi destituído do cargo de chefe da PF no Amazonas após denunciar interferências políticas e buscar investigar irregularidades dentro da própria polícia. Em sua defesa, Saraiva negou deslealdade e criticou o governo por práticas que comprometeram a credibilidade da PF.
Em 2022, Saraiva concorreu sem sucesso ao cargo de deputado federal pelo PSB do Rio de Janeiro. Ele se defendeu sozinho no processo disciplinar, argumentando que suas ações visavam preservar a integridade da PF diante de um governo que, segundo ele, corrompeu a instituição. (Com informações da CartaCapital)