Para entender a EJA

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino paralela à educação regular.

 

Muitas culturas veem a educação como a base, a sustentação, o pilar do sistema ao qual elas mesmas se inserem. Muito embora a educação se inicie em casa, pois toda família é uma microssociedade que servirá como referência, é na sociedade que ocorrem as suas manifestações. Grifamos aqui, a sociedade em conjunto com o Governo; ora, é o Estado. E toda essa preocupação do Estado com a evolução da sua nação enquanto cultura, faz com que haja todo um peremptório investimento nesse pilar do sistema (ou pelo menos deveria haver). Dessarte, educação é uma prática social que visa ao desenvolvimento do ser humano, das suas potencialidades, habilidades e competências. E embora o Governo esteja apenas preocupado com números para tentar se destacar no palco da globalização, uma mera estatística; ainda assim, é dever da família e do Estado garantir que todos tenham educação, consoante a Carta de 1988.

 

Mais do que um protocolo

Idealisticamente, a educação de base se apoia no ensino regular, ou seja, 11 anos de estudos (fundamental e médio). Não obstante, àqueles que, por algum motivo, não foram capazes de acompanhar tal modelo, o Governo federal criou um modelo paralelo, mais rápido, porém eficaz, que perpassa todos os níveis da educação básica do país, destinada aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na escola convencional na idade apropriada. É a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A EJA permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo e, dessa forma, possibilitando a sua qualificação.

Como a EJA mudou a vida deles | Nova Escola

A EJA é ofertada tanto no ensino presencial, como à distância (EAD). Com o objetivo principal de democratizar o ensino da rede pública e privada no Brasil, o programa é dividido em etapas, com abrangência do ensino fundamental ao médio.

Vejamos

  • EJA Ensino Fundamental: destinada a jovens a partir de 15 anos que não completaram a etapa entre o 1º e o 9° ano. Nessa etapa, os alunos imaginam novas formas de aprender e pensar. Tem duração média de 2 anos para a conclusão.

 

  • EJA Ensino Médio: destinada a alunos maiores de 18 anos que não completaram o Ensino Médio, que completa a Educação Básica no Brasil. Ao concluir essa etapa, o aluno está preparado para realizar provas de vestibular e Enem, para ingressar em universidades. O tempo médio de conclusão é de 18 meses

 

Os indicadores

A Educação de Jovens e Adultos surgiu para suprir uma demanda da sociedade, cuja desigualdade social esteve presente desde os primórdios da história. A falta de oportunidade de acesso à educação formal na idade prevista pela lei gerou um aumento significativo das taxas de analfabetismo no Brasil. Uma vez que o mercado de trabalho procura mão de obra especializada que possa suprir as necessidades da indústria e do agronegócio (duas das principais fontes de geração de emprego no país) se faz necessário formar cidadãos capazes de cumprir com as demandas de emprego. O IDH (índice de desenvolvimento humano) contabiliza e considera critérios importantes para definir a qualidade de vida de uma determinada sociedade. Pode-se entender como fatores: saúde, educação, mobilidade urbana, tratamento adequado do lixo, saneamento básico e outras variantes socioeconômicas.

O IDH do Brasil, assim como doutros países, está associado à educação

Observando esses fatores, o Estado tem o dever legal de prover aos cidadãos os direitos básicos que garantem a dignidade mínima dos indivíduos, apesar de ser um recurso importante a educação é mensurada através de números, pesquisas e índices que se transformam em indicadores de qualidade, aos quais validam as próprias ações do Governo e colocam o país entre os mais prestigiados e parte de grupos econômicos que garantem a participação da nação em programas de sustentabilidade, renda e empréstimos internacionais. A EJA garante a dignidade da pessoa humana, pois a educação é a maior fonte de conhecimento que gera informação necessária para a própria manutenção da espécie.

 

 

Artigo escrito pelo professor Harry e pela professora Yndhira

 

 

 

 

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