Oposição no Senado pedem suspeição de Alexandre de Moraes por operação contra deputado

Foto: Reprodução

Líderes da oposição no Senado divulgaram uma nota conjunta expressando críticas à operação contra Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara dos Deputados, que foi alvo de buscas pela Polícia Federal na chamada operação Lesa Pátria.

Defesa da suspeição do Ministro Alexandre de Moraes

Os senadores da oposição defendem a suspeição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na relatoria de ações relacionadas aos eventos de 8 de Janeiro.

A nota enfatiza que uma postura republicana esperada seria que o próprio ministro se declarasse suspeito para julgar os atos de 8 de janeiro, em busca da pacificação do país e do cumprimento da lei e da defesa da Constituição.

Senadores signatários da nota

Os senadores que assinaram o documento são: Rogério Marinho (PL), Ciro Nogueira (PP), Flávio Bolsonaro (PL), Carlos Portinho (PL), Tereza Cristina (PP), Mecias de Jesus (Republicanos), Izalci Lucas (PSDB), Eduardo Girão (Novo).

Críticas à imagem de imparcialidade de Moraes

Os senadores argumentam que as declarações públicas de Moraes levantam sérias dúvidas sobre sua imparcialidade e que sua nomeação para conduzir os processos relacionados aos ataques às sedes dos Três Poderes diverge do procedimento padrão de livre distribuição.

O ministro Alexandre de Moraes, como relator dos processos, tomou mais de 6.200 decisões nas ações relacionadas aos eventos de 8 de Janeiro ao longo de 2023. Um total de 146 réus serão julgados até abril de 2024 em 10 sessões virtuais.

Acusações de falta de imparcialidade

Os senadores da oposição alegam que a atuação de Moraes é questionável e carece de amparo na Constituição, pois ele é supostamente vítima, investigador e julgador ao mesmo tempo, além de comentar processos em andamento e opinar sobre fatos não julgados.

Preocupações com a operação contra Carlos Jordy

Os congressistas manifestam grande preocupação com a operação contra Carlos Jordy, que incluiu buscas em seu gabinete em Brasília e em endereços no Rio de Janeiro. A operação tem o objetivo de identificar pessoas envolvidas em atos com pautas antidemocráticas entre outubro de 2022 e o início do ano passado, incluindo o evento de 8 de janeiro.

Carlos Jordy prestou depoimento à PF após as buscas e afirmou aos jornalistas que nunca incentivou ou financiou atos extremistas, negando qualquer relação com os eventos de 8 de Janeiro.

 

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