“Ei baiano, faça-me um favor.” “Gaúcho, que horas será o voo?”
Prof° Harry
Ora, quem nunca chamou as pessoas, pelo menos algumas vezes, pelos seus gentílicos? Como uma espécie de identidade ou rótulo, muitas pessoas são conhecidas mais pela sua pátria, local onde nasceu, do que pelo seu nome de batismo. Mas afinal, o que é um adjetivo pátrio?
Adjetivos são palavras que caracterizam os substantivos, se serão pátrios, aí tem a ver com o seu local de nascimento. Os gentílicos, também assim chamados, são palavras que designam um indivíduo de acordo com o seu local de nascimento ou residência, um grupo a parte de adjetivos derivados de substantivos relacionados a países, estados, continentes, regiões, províncias, cidades, aldeias, vilas e povoados. Nalguns casos, o termo gentílico é usado como equivalente de etnônimo, fato.
Ao nos referirmos aos adjetivos pátrios, sabemos que estes pertencem a uma das classes gramaticais e que representam uma das subdivisões inerentes à classe em questão. A seguir, os adjetivos pátrios das UF’ s brasileiras e do Brasil.
Brasil (BR): brasileiro
Acre (AC): acreano
Alagoas (AL): alagoano
Amapá (AP): amapaense
Amazonas (AM): amazonense
Bahia (BA): baiano
Ceará (CE): cearense
Distrito Federal (DF): brasiliense
Espírito Santo (ES): capixaba, espírito-santense
Goiás (GO): goiano
Maranhão (MA): maranhense
Mato Grosso (MT): mato-grossense
Mato Grosso do Sul (MS): sul-mato-grossense
Minas Gerais (MG): mineiro
Pará (PA): paraense
Paraíba (PB): paraibano
Paraná (PR): paranaense
Pernambuco (PE): pernambucano
Piauí (PI): piauiense
Rio de Janeiro (RJ): fluminense (carioca é quem é da cidade do Rio de Janeiro)
Rio Grande do Norte (RN): potiguar ou norte-rio-grandense
Rio Grande do Sul (RS): gaúcho ou sul-rio-grandense
Rondônia (RO): rondoniano ou rondoniense
Roraima (RR): roraimense
Santa Catarina (SC): catarinense ou barriga-verde
São Paulo (SP): paulista (quem é da capital é paulistano)
Sergipe (SE): sergipano
Tocantins (TO): tocantinense
Curiosidade ?
O estado mais a oeste do Brasil, Acre, é bem peculiar. Tecnicamente falando, o seu gentílico seria acriano, pois quem nasce no Iraque é iraquiano; então, por analogia, ele seria chamado de acriano. Acontece que lá, o pessoal não gostou muito, eles preferem ser chamados de acreanos; então, a norma-padrão, por respeito à população do Acre, consagrou o gentílico acreano na Gramática normativa. O mesmo aconteceu com o nato ou o naturalizado do Brasil, pois seríamos brasilianos, em analogia aos italianos, aos colombianos ou aos goianos, já que o sufixo “eiro” serve para profissionais como engenheiros, faxineiros, enfermeiros e brasileiros (no período colonial, eles extraíam o pau-brasil). Contudo, mais uma vez consagrou-se o gosto popular, preferimos ser chamados de brasileiros do que de brasilianos. Por fim, no Distrito Federal é brasiliense; candangos, ao contrário do que muitos pensam, só se referem aos primeiros moradores da Capital, que trabalharam na sua construção.