O plenário da Assembleia Legislativa de Roraima escolheu nesta segunda-feira (22) Simone Denarium como nova conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Com 17 votos favoráveis, Simone, que é esposa do governador Antonio Denarium (PP), assume a função vitalícia. Como conselheira, ela será responsável por fiscalizar o uso do dinheiro público feito pelo seu marido e outros integrantes do governo de Roraima.
Importância da representatividade feminina no cargo
Em entrevista ao portal da assembleia, Simone Denarium destacou a importância da representatividade feminina em cargos de decisão. Ela afirmou que sua capacidade e currículo foram levados em consideração pelos parlamentares. Simone é natural de Brasília, tem 49 anos, é bacharel em Ciências Contábeis pela UFRR (Universidade Federal de Roraima) e pós-graduada em Auditoria Pública pela Faculdade Atual da Amazônia. Atualmente, é contadora efetiva da empresa Boa Vista Energia e já ocupou cargos como chefe do Controle Interno da Casa Civil e presidente da Comissão Permanente de Licitação na extinta Fesur.
Esposas de integrantes de governos assumindo cargos em Tribunais de Contas
Simone Denarium é a sexta mulher de um integrante de governo estadual ou federal a assumir recentemente um cargo em um Tribunal de Contas. Essas nomeações têm sido alvo de debate e questionamentos. As outras mulheres são:
- Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.
- Daniela Barbalho, esposa do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), no Tribunal de Contas do Pará (nomeação anulada pela Justiça em maio).
- Renata Calheiros, esposa do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), no Tribunal de Contas de Alagoas.
- Rejane Dias, esposa do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), no Tribunal de Contas do Piauí.
- Marília Góes, esposa do ministro de Integração Nacional, Waldez Góes (PDT), no Tribunal de Contas do Amapá (nomeação anulada pela Justiça em março).
Atualmente, a nomeação de Daniela Barbalho foi anulada pela Justiça do Pará por entender que houve violação de princípios administrativos e nepotismo. Ela ainda pode recorrer da decisão.