No domingo, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que contou com 139 assinaturas. O pedido reflete a persistência de uma oposição ao governo de Lula, apesar de seu apoio ter aparentemente diminuído desde o início de seu mandato.
Apoio crescente a Lula no Congresso
Desde o início de 2023, Lula conseguiu ampliar sua base de apoio no Congresso, contando agora com aproximadamente 320 deputados, em comparação aos cerca de 260 que o apoiavam inicialmente. Essa expansão foi resultado de estratégias políticas, como a liberação de emendas parlamentares e a distribuição de cargos, especialmente para partidos como PP e Republicanos, que foram contemplados com ministérios.
Presidente da Câmara Arthur Lira
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, é a autoridade responsável por dar seguimento ao processo de impeachment. No entanto, Lira mantém uma relação favorável com Lula e tem tido suas demandas atendidas pelo governo, o que sugere uma relutância em avançar com o pedido de deposição do presidente.
Apoio ao pedido de impeachment
Das 139 assinaturas presentes no pedido de impeachment, 55% são de membros do PL, enquanto 22% são de representantes do PP e União Brasil, partidos que têm ministérios no governo. No entanto, para que um processo de impeachment seja aprovado, são necessários 342 votos favoráveis na Câmara dos Deputados, o que indica uma distância considerável entre as assinaturas presentes no pedido e a quantidade necessária para a aprovação.
Resistência na Oposição
Apesar do pedido de impeachment e do engajamento da oposição nas redes sociais, está ainda não demonstra força suficiente para impor suas pautas no Congresso. Isso se deve, em parte, à falta de unidade entre os congressistas oposicionistas. Mesmo dentro de seu próprio partido, o PL, Carla Zambelli enfrentou resistências, com 19 deputados da sigla optando por não assinar o pedido de impeachment.
Compromisso de Lula com o Congresso
Em resposta às críticas sobre a falta de atenção do governo ao Congresso, Lula comprometeu-se em uma reunião recente a melhorar o relacionamento com os parlamentares, marcando encontros frequentes e buscando uma maior aproximação com o Legislativo.