Comissão do Senado aprova mudanças na gestão financeira da Pré-Sal Petróleo S.A.

O substitutivo aprovado na CI também prevê a remuneração da PPSA pelos gastos na execução de gestão dos contratos; acompanhe

Foto: Reprodução

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou nesta terça-feira, dia 12, o Projeto de Lei (PL 6.211/2019) que trata da gestão financeira da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. — Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A proposta permite a inclusão da remuneração e dos gastos na execução das suas atividades nas despesas de comercialização da empresa pública.

O texto, do então senador Arolde de Oliveira (1937-2020), recebeu texto substitutivo do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e, após votação em turno suplementar nesta terça, segue para a Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para votação em Plenário. O projeto altera a lei que criou a PPSA (Lei 12.304, de 2010) para permitir que a empresa possa obter, da receita de comercialização do petróleo e gás natural, o valor necessário para cobrir as despesas de atividades correntes.

 

Senador da República Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
Senador da República Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)

 

Acompanhe

A PPSA foi formalmente criada em 2013 e está vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Com o projeto, a empresa deixaria de depender exclusivamente de recursos vinculados a um contrato com o MME, o que resultaria em maior efetividade e autonomia financeira em relação a possíveis cortes no Orçamento. Na justificativa do texto, o autor argumenta que, observada a legislação atual, a PPSA tem conseguido apenas receitas provenientes da gestão dos contratos de partilha de produção, por meio dum contrato firmado com a pasta, frequentemente afetado por contingências orçamentárias.

Além disso, o então senador ressalta que, pelo fato de a gestão de comércio do petróleo e do gás natural da União ser de competência exclusiva da PPSA, a empresa deveria estar mais bem estruturada e dotada de sustentabilidade orçamentária e financeira, o que não ocorreria atualmente. Relator do projeto, Marcos Pontes apresentou texto alternativo para assegurar a remuneração da empresa de maneira mais ampla, sem limitá-la às despesas de custeio e investimento e o pagamento de tributos.

 

Fonte: Agência Senado (com adaptações)

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