Um recente relatório elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) destaca movimentações bancárias suspeitas ligadas à deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Conforme investigações, a deputada, que assumiu seu cargo em fevereiro de 2019, está potencialmente ligada a operações de lavagem de dinheiro realizadas entre fevereiro de 2017 e julho de 2019. O COAF identificou que Zambelli utilizou uma conta pessoal para canalizar R$ 197,8 mil em doações destinadas à Associação Movimento nas Ruas, organização da qual é fundadora e foi dirigente.
O relatório destaca: “Carla Zambelli Salgado, atualmente deputada federal de São Paulo, utilizou sua conta PayPal pessoal para receber doações em favor da Associação Movimento nas Ruas. Conclui-se que as doações recebidas indicam movimentação de recurso de terceiro, podendo apontar para suspeita de lavagem de dinheiro”.
Desdobramentos do Caso
Este documento agora é parte integrante das investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que se debruça sobre atos criminosos ocorridos em 8 de janeiro. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), solicitou a quebra de sigilo telefônico, telemático e financeiro da deputada.
Alegações Adicionais
A situação se torna ainda mais intrigante após declarações de Walter Delgatti, um hacker que alegou ter recebido pagamentos de Zambelli para invadir sistemas judiciais. Delgatti também mencionou um suposto encontro intermediado por Zambelli entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro, realizado no Palácio da Alvorada, com o foco em urnas eletrônicas.