Câmara dos Deputados realiza debates sobre os 60 anos do golpe militar de 1964

Há 60 anos, o Brasil dera início ao fato que duraria 21 de Regime Civil-Militar (até 1985).

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A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados promoverá um seminário nesta quarta-feira, dia 3, sobre os 60 anos do golpe militar de 1964. O evento será realizado no auditório Nereu Ramos, a partir das 9h, e coordenado pelo deputado Leonardo Monteiro (PT-MG). O golpe foi dado em 31 de março e completou-se no dia 1º de abril de 1964.

 

Deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG) | Foto: Reprodução
Deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG) | Foto: Reprodução

 

Entenda

A deposição do presidente João Goulart, em 1º de abril de 1964, marcou o início da Ditadura Militar no Brasil, que se estendeu até a posse de José Sarney, em 15 de março de 1985. Os chamados Governos Militares, ou Governos do Regime Militar Brasileiro, que estiveram no poder de 1964 a 1985, estabeleceram-se na política brasileira numa ocasião em que o país estava mergulhado em 1 das suas piores crises, nos primeiros meses do ano de 1964.

 

Presidente Humberto Castelo Branco, 1 dos militares que comandou o Brasil, acenando para a foto | Foto: Reprodução
Presidente Humberto Castelo Branco, 1 dos militares que comandou o Brasil, acenando para a foto | Foto: Reprodução

 

O Golpe de 1964, entendido pelos próprios militares como “Revolução de 1964”, foi uma insurreição de setores das forças armadas brasileiras contra o governo de João Goulart e as suas propostas. Essas propostas, diga-se de passagem, também tiveram apoio doutros setores das mesmas Forças Armadas, da imprensa e da Igreja Católica Apostólica Romana. O presidente João Goulart, que já tivera dificuldades em assumir o cargo de presidente após a renúncia de Jânio Quadros, vinha propondo transformações estruturais no âmbito político e social do Brasil, o que a sua equipe denominou de “Reformas de Base”. Essas reformas, aos olhos dos críticos do governo, ofereciam brechas para uma guinada comunista de teor radical. Ora, Leonardo Monteiro explica que o seminário deve “rememorar esse triste passado e reafirmar a vocação democrática do povo brasileiro“.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias e Brasil Escola  (com adaptações)

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