Após discussões e agressões, Mesa Diretora da Câmara vai propor medidas de contenção

Parlamentares alegam inércia do Conselho de Ética frente à escalada de tensões na Casa; veja.

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Parlamentares da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados priporão aos líderes da Casa medidas de contenção para punir excessos e exageros de parlamentares como bate-bocas, xingamentos, agressões e ataques. Na semana passada, no dia 6 de junho, o deputado André Janones (Avante-MG) e Nikolas Ferreira (PL-MG) trocaram empurrões e insultos. No dia anterior, a deputada Luiza Erundina (Psol-SP) passou mal e foi internada após uma discussão na Comissão dos Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial.

Deputados federais Nikolas Ferreira e André Janones, ambos de Minas Gerais | Foto: Reprodução
Deputados federais Nikolas Ferreira e André Janones, ambos de Minas Gerais | Foto: Reprodução

 

A ideia é que a Mesa Diretora decida sobre os casos de forma cautelar e encaminhe o que foi definido para o Conselho de Ética. O conselho teria, então, um prazo, por exemplo, de 72 horas para decidir a urgência daquela medida. As versões do projeto de resolução estão em debate e serão levadas a líderes partidários.

Entre as ideias em estudo e sugestões, estão desde proibir filmagens no plenário até a suspensão de mandato e substituição de deputado em comissões. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no entanto, é contra a medida de restringir gravações, pois avalia ser medida de censura, segundo um blog apurou.

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As propostas de medidas devem ser discutidas nesta terça-feira, dia 11, no Conselho de Ética. Após alguns minutos em silêncio, Janones reagiu. Partiu para cima de Nikolas e Zé Trovão (PL-SC). Os parlamentares trocaram empurrões e insultos. Janones e Nikolas desafiaram um ao outro a uma briga fora das dependências da Câmara. A confusão se estendeu para os corredores e precisou da interferência da Polícia Legislativa da Casa. Janones teve de deixar o plenário do colegiado escoltado.

Nas imagens feitas pela Câmara dos Deputados, é possível ver a movimentação em torno da deputada Erundina, enquanto o deputado Ivan Valente (Psol-SP) discursava. Foi neste momento que ela passou mal. Pouco antes, Erundina havia discursado em defesa da Comissão da Verdade e contra o Regime Miilitar no Brasil (1964 – 1985) e os crimes de morte e tortura ocorridos à época. A deputada se opôs às falas de parlamentares que são contra a identificação dos locais onde a repressão política ocorreu no Brasil.

 

Fonte: G1 (com adaptações)

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