O Estado judeu foi criado em 14 de maio de 1948.
O Congresso Nacional promove hoje, dia 15, uma sessão solene para celebrar os 75 anos de criação do Estado de Israel. O país declarou a sua independência em 14 de maio de 1948, cerca de três anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando 6 milhões de judeus foram mortos. A homenagem foi convocada pelo presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, em atendimento à proposta do senador Carlos Viana (Podemos-MG) e do seu filho, deputado Samuel Viana (PL/MG).
“Desde 70 depois de Cristo, quando derrotados pelos exércitos romanos, os judeus não possuíam uma terra da qual fossem soberanos. [Hoje] é um dos países mais bem sucedidos da modernidade. É um estado multicultural, em que todos os cidadãos gozam dos mesmos direitos políticos e civis. Tenho grande admiração e enorme carinho pelo povo judeu“, disse o senador Carlos Viana, que é presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, instalado em fevereiro.
DEMAIS PARLAMENTARES
- O senador Alan Rick (União-AC) afirmou que é dever do Brasil reafirmar a existência de Israel e o estabelecimento da paz por meio do diálogo, referindo-se aos conflitos que o país possui com nações árabes vizinhas desde a sua fundação. Rick também agradeceu as contribuições que Israel deu a Brumadinho (MG) em 2019, no resgate de vítimas da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, e ao Acre, na pandemia de Covid-19. A cooperação entre os dois países também foi comentada pelo embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine. O diplomata sugeriu como o Senado e o Congresso Nacional podem auxiliar na aproximação entre as duas nações.
- O deputado Padovani (União-PR), o adido de Agricultura de Israel no Brasil, Ari Fischer, e o presidente da Confederação Nacional das Câmaras de Comércio Brasil-Israel, Ricardo Scheinkman, apresentaram dados sobre o comércio bilateral com o Brasil. Participantes da homenagem afirmaram que o passado de discriminação sofrido pelo povo judeu ainda permanece. Para o presidente da organização StandWithUs Brasil, André Lajst, negar a existência do Estado de Israel é uma nova forma de antissemitismo.
- A deputada Cristiane Lopes (União-RO) citou a história do surgimento do povo hebreu, constante no livro da Torá, que corresponde aos primeiros cinco livros do Pentateuco no Antigo Testamento da Bíblia cristã.
A ONU
A declaração de independência do Estado de Israel, em 1948, marcou a nova fundação do país, como resultado de um plano de partilha elaborado pela recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU). Ficou definida a separação de um território para o Estado de Israel e outro para a Palestina. Na ocasião, o brasileiro Oswaldo Aranha, que chefiava a delegação brasileira, presidiu a assembleia geral que aprovou a partilha e atuou para que fosse acatada.
Menos de 24 horas depois da formalização da independência, os exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram Israel. Na chamada Guerra de Independência, Israel expulsou os invasores em batalhas intermitentes por um período de cerca de 15 meses. No entanto, os multifacetados conflitos com os países árabes ainda perduram.
Por Harrison S. Silva