Gaúchos, conheçam os pré-candidatos ao Governo

O Palácio Piratini, residência oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, ainda não sabe quem vai sentar-se à sua cadeira em 2023, pois Eduardo Leite (PSDB), atual governador, ainda não definiu o seu futuro político e partidário. Poderá disputar à reeleição – tem sido bastante pressionado por empresários para buscar um novo mandato – se filiar ao PSD para concorrer à Presidência da República ou então não disputar nenhum cargo público permanecendo no cargo até 31 de dezembro. Diante da indefinição de Leite, a sua base aliada está em compasso de espera. Localizado na região Sul, o Rio Grande do Sul é o Estado mais a sul do Brasil e faz fronteira com a Argentina e o Uruguai. A sua capital é Porto Alegre e a sua população é de 11,3 milhões de habitantes (2016).

 

Vamos, agora, conhecermos um pouco dos perfis dos pré-candidatos

Os potenciais pré-candidatos ao Governo são o senador Luis Carlos Heinze (PP); o ministro Onyx Dornelles Lorenzoni (provavelmente PL); o deputado federal Edegar Pretto (PT); o ex-deputado Beto Albuquerque (PSB); e o vereador em Porto Alegre Pedro Ruas (PSOL).

Beto Albuquerque (PSB)

Solidariedade com limites, por Beto Albuquerque - PSB 40

  • Natural de Passo Fundo, O ex-deputado federal Beto Albuquerque é o pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB. Formado em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF), Beto Albuquerque atuou como deputado estadual durante duas legislaturas e como deputado federal por quatro mandatos consecutivos. Em 2010, chegou a lançar-se como pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul, mas acabou desistindo da candidatura cinco meses antes do pleito. Em 2014, Albuquerque foi candidato a vice-presidente, na chapa liderada por Marina Silva (PSB). Em 2018, concorreu ao Senado na chapa liderada pelo então governador José Ivo Sartori (MDB). Apesar de não ter se elegido senador, somou 1.713.792 votos. A candidatura faz parte das negociações entre PT e PSB para a formação de uma fundação partidária.

 

Onyx Dornelles Lorenzoni (provavelmente PL)

Onyx usa notas em série de amigo para receber verba de gabinete | GZH

  • Onyx Lorenzoni, Natural de Porto Alegre e formado em Medicina Veterinária pela Universidade de Santa Maria, Onyx Lorenzoni foi eleito deputado federal por cinco mandatos consecutivos, entre os anos de 2003 e 2019, mas atualmente está licenciado do cargo para ocupar o posto de ministro do Trabalho e Previdência. Além disso, foi também ministro de Estado Extraordinário, nomeado por Michel Temer para coordenar a equipe de transição para o governo de Jair Bolsonaro, no qual já ocupou os cargos de ministro-chefe da Casa Civil e ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, deve concorrer pelo PL, sigla que o presidente Jair Bolsonaro migrou recentemente. Lorenzoni aguarda a janela partidária para sair do DEM e se filiar ao PL. Por ser outro nome próximo a Bolsonaro, deve disputar com o senador Luis Carlos Heinze o posto de representante do bolsonarismo no Estado.

 

Edegar Pretto (PT);

PT confirma Edegar Pretto como pré-candidato ao governo do RS em 2022 - Rádio Minuano 104.9

  • Edegar Pretto é deputado estadual e natural de Miraguaí. A sua candidatura faz parte das negociações entre PT e PSB para a formação duma fundação partidária. O PV anunciou apoio ao político no Estado. Nas últimas três eleições foi o nome mais votado da bancada petista na Assembleia Legislativa. Em 2017, presidiu o Parlamento gaúcho. Filho do ex-deputado Adão Pretto, tem uma trajetória junto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

 

Luis Carlos Heinze (PP)

CPI retira senador Luis Carlos Heinze da lista de indiciados | VEJA

  • Nascido em Candelária, Luis Carlos Heinze é engenheiro agrônomo, produtor rural e atual senador federal pelo Rio Grande do Sul. Heinze já foi também prefeito de São Borja, de 1993 a 1996, e deputado federal de 1999 a 2019, com cinco mandatos consecutivos, tendo sido o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul nas eleições de 2014, é senador, foi eleito em 2018. Figura próxima do presidente Jair Bolsonaro (PL), Busca o apoio do presidente, de quem é aliado no Congresso. O senador Luiz Carlos Heinze foi um dos primeiros pré-candidatos a governador no Rio Grande do Sul. Heinze pretende ser um representante do bolsonarismo no Estado. Entretanto, deve disputar a posição com outro candidato ao Palácio Piratini, o ministro Onyx Lorenzoni.

 

Pedro Ruas (PSOL);

Pedro Ruas: homenagem à ditadura é brutal retrocesso | Teia de Comunicação Popular do Brasil

  • De Porto Alegre, Pedro Ruas do Psol O vereador de Porto Alegre é o pré-candidato do PSOL ao governo do Estado. Antes de se eleger para uma vaga na Câmara Municipal, Ruas foi deputado estadual de 2015 a 2018. Brizolista, Ruas ajudou na construção do PDT no Rio Grande do Sul depois da ditadura militar. Foi secretário de Obras no governo Olívio Dutra (PT, 1999-2002). O PSOL busca o apoio de partidos como PCB, Unidade Popular e PSTU.

 

José Ivo Sartori (MDB);

Ivo Sartori é eleito no Rio Grande do Sul com 61,23% dos votos válidos | Agência Brasil

  • José Ivo Sartorié um professor, filósofo e político brasileiro filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi eleito vereador em Caxias do Sul em 1976. Exerceu cinco mandatos consecutivos como deputado estadual e presidiu a Assembleia Legislativa entre 1998 até 1999. Durante o governo de Pedro Simon, foi secretário estadual do Trabalho e Bem-Estar Social entre 1987 até 1988. Concorreu, sem sucesso, ao cargo de prefeito de Caxias do Sul em 1992 e 2000. Em 2002, elegeu-se deputado federal. Em 2004, elegeu-se prefeito de Caxias, reelegeu-se no primeiro turno em 2008. Em 2014, venceu a eleição ao Governo do Estado com 61,2% dos votos. Em 2018, concorreu à reeleição, mas foi derrotado por Eduardo Leite. Ele está evitando dar declarações sobre as eleições do estado e parece resistente a voltar a disputar o Palácio Piratini, mas há uma pressão do MDB gaúcho para que ele concorra.

 

Marco Della Nina, (Patriota)

  • Marco Della Nina é um Líder comunitário, morador de Porto Alegre-RS, zona norte da capital dos gaúchos, é Pré candidato a Governador do RS, nunca exerceu nenhum cargo público, e é a novidade na eleição do Rio Grande do Sul em 2022 pelo Patriota 51, conhece todos os problemas do povo e tem como seu vice Ademir Terres , um Tenente da Brigada militar.

 

A indecisão de Eduardo Leite (Senado, Palácio do Planalto ou Palácio Piratini)

Eduardo Leite, (PSDB);

Eduardo Leite confirma ligação a Dória, mas nega pedido para adiar vacinação

  • Além disso, existe ainda a possibilidade que o atual governador gaúcho, Eduardo Leite, possa concorrer ao Senado após ser derrotado nas prévias nacionais do PSDB para definir o candidato tucano à Presidência. Leite costuma dizer ser contrário à reeleição – portanto, pode não disputar novamente o Governo estadual. Ainda que o atual governador Eduardo Leite tenha dito que não concorrerá à reeleição, uma ala do PSDB gaúcho quer que ele concorra novamente ao cargo. É possível que haja, ainda, a possibilidade de o gaúcho deixar a legenda para concorrer à presidência pelo PSD.

 O vice-presidente da república quer ser Senador

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) confirmou que será candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul. De acordo com o general, basta agora definir por qual partido deverá concorrer (PP ou Republicanos). Questionado por jornalistas em frente ao Palácio do Planalto se estaria decidido a ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, o general confirmou. “Isso é por aí. Agora é só decisão de partido”, disse o vice-presidente.

 

Outros nomes ao Senado gaúcho

O senador Lasier Martins (Podemos) será candidato à reeleição. Já a ex-senadora Ana Amélia Lemos estuda deixar o PP e migrar para o PSD para tentar voltar ao Senado em 2022. No campo da esquerda, a ex-deputada Manuela D’ávila (PCdoB) e o deputado Paulo Pimenta (PT) ensaiam suas eventuais candidaturas ao Senado.

 

 

Os pré-candidatos só serão candidatos de fato após a aprovação da candidatura pelo Juiz Eleitoral. Cabe notar, que a lei não estabelece uma data inicial para a divulgação duma pré-candidatura, porém, há um período legal para a realização da propaganda intrapartidária, que só pode começar a partir das 19h do dia 5 de julho do ano das eleições. Ademais, o registro das candidaturas à Justiça Eleitoral começam a partir do dia 20 de julho e vão até o dia 5 de agosto do ano eleitoral, conforme disposto na Lei das Eleições.

As eleições gerais no Brasil em 2022 estão agendadas para o dia 2 de outubro, em primeiro turno, e 30 de outubro em segundo turno, onde houver. Para ser governador de Estado, é necessário ter, no mínimo, 30 anos. Paralelamente, ao Senado, a Constituição exige 35 anos.

 

E os números?

Apenas uma pesquisa eleitoral foi publicada desde o começo de 2022 no estado, encomendada pela Rede Record e publicada pelo jornal Correio do Povo. Realizada entre os dias 12 e 13 de janeiro, ela mostrava o governador Eduardo Leite (PSDB) na liderança, com 25% das intenções de voto. Ele tem dito, desde que assumiu o mandato, que não concorrerá à reeleição, mas há pressão da diretoria tucana nacional para que ele dispute novamente o cargo. O governador também estuda a possibilidade de mudar de partido para ser candidato a presidente. O PSD, de Gilberto Kassab, é um dos interessados em lançá-lo para o Palácio do Planalto.

 Sem Eduardo Leite na disputa, José Ivo Sartori, ex-governador, era o preferido, com 20%. Ele está evitando dar declarações sobre as eleições do estado e parece resistente a voltar a disputar o Palácio Piratini, mas há uma pressão do MDB gaúcho para que ele concorra.

 Sem nenhum deles no páreo, a pesquisa mostrou que Onyx Lorenzoni aparecia em primeiro, com 20%. O ministro do Trabalho e Previdência ainda não lançou a pré-candidatura, mas afirmou que concorrerá pelo PL, sigla para a qual deve migrar na janela de trocas de partidos. Onyx deve ser o candidato de Jair Bolsonaro ao governo do Rio Grande do Sul, embora outro aliado do presidente, o senador Luiz Carlos Heinze (PP) também tenha dito que concorrerá para governador. Confira a seguir três cenários consultados pelo instituto Real Time Big Data.

 

Cenário 1

Eduardo Leite (PSDB): 25%

José Ivo Sartori (MDB): 16%

Onyx Lorenzoni (DEM): 13%

Pedro Ruas (PSOL): 4%

Edegar Pretto (PT): 4%

Gabriel Souza (MDB): 2%

Luis Carlos Heinze (PP): 1%

Beto Albuquerque (PSB): 1%

Roberto Argenta (sem partido): 1%

Alceu Moreira (MDB): 1%

Ranolfo Vieira Júnior (PSDB, vice de Leite): 1%

Branco / Nulo: 14%

Não sabem / Não responderam: 17%

 

Cenário 2, sem Leite

José Ivo Sartori: 20%

Onyx Lorenzoni: 18%

Pedro Ruas: 5%

Edegar Pretto: 4%

Beto Albuquerque: 3%

Luis Carlos Heinze: 2%

Gabriel Souza: 2%

Roberto Argenta: 2%

Ranolfo Vieira Júnior: 2%

Alceu Moreira: 1%

Branco / Nulo: 19%

Não sabem / Não responderam: 22%

 

Cenário 3, sem Leite e Sartori

Onyx Lorenzoni: 20%

Pedro Ruas: 6%

Beto Albuquerque: 5%

Edegar Pretto: 4%

Luis Carlos Heinze: 4%

Ranolfo Vieira Júnior: 3%

Gabriel Souza: 2%

Alceu Moreira: 1%

Branco / Nulo: 26%

Não sabem/Não responderam: 16,5% 29%

Metodologia

A RealTime Big Data entrevistou, por telefone, mil pessoas entre os dias 13 e 14 de janeiro deste ano. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada pela Record TV e está registrada no TSE sob o protocolo RS-00252/2022.

 

Matéria feita por Harry e Vithor Nunes, colunistas do Portal Política

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