Ricardo Lewandowski não deve atender a um possível convite para Ministério da Justiça

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O ex-ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, tem dado indicações claras a pessoas próximas de que não pretende retornar à vida pública tão cedo, especialmente no âmbito governamental.

Atuação na iniciativa privada e cargos atuais

Desde sua saída do STF em abril deste ano, Lewandowski tem atuado como parecerista para grandes empresas, incluindo algumas envolvidas em escândalos de corrupção, como a J&F de Joesley Batista. Além disso, ele ocupa o cargo de presidente de uma comissão de assuntos jurídicos de alto nível na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Recusa ao convite de Lula para o Ministério da Justiça

Em conversas reservadas, Lewandowski tem enfatizado que não tem interesse em aceitar um convite para assumir o Ministério da Justiça, mesmo que seja feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Motivos para a recusa

Ele expressa preocupações com o intenso cenário político e afirma que não deseja enfrentar oposição ferrenha, principalmente de deputados e senadores ligados ao governo Bolsonaro, caso assuma o cargo. Além disso, o ex-ministro do STF percebe que seu salário seria menor em comparação com sua atuação na iniciativa privada, o que também influencia sua decisão.

Possível nome para o cargo de Ministro da Justiça

Nesse contexto, surge um nome com força para ocupar o cargo de ministro da Justiça: Wellington César Lima e Silva, atual secretário especial para assuntos jurídicos da Presidência da República, que conta com o apoio de Flávio Dino, cuja indicação foi aprovada recentemente pelo Senado.

Pressão do PT pela nomeação de Marco Aurélio de Carvalho

O Partido dos Trabalhadores (PT) também pressiona pela nomeação de Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, em razão de sua destacada formação jurídica e compromisso com questões democráticas e direitos humanos.

Decisão final em janeiro

A decisão final sobre o novo ministro da Justiça, no entanto, ficará para janeiro, já que Flávio Dino assumirá o cargo somente em 22 de fevereiro e solicitou a Lula que acompanhe a transição com seu sucessor.

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