O que acontece após proclamar o vencedor nas eleições dos EUA?

Declaração de Vencedor: Como Funciona nos EUA?

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Após a declaração de vencedor nas eleições dos Estados Unidos, o processo eleitoral segue várias etapas formais. Diferente de países como o Brasil, onde o resultado é anunciado por um órgão oficial, nos EUA a imprensa é responsável por divulgar o vencedor, baseado nos votos do Colégio Eleitoral. Esse anúncio ocorre quando um candidato atinge o número necessário de delegados, mas a certificação oficial do resultado ainda passa por diversas fases.

Primeiro, cada estado realiza a sua contagem e apuração dos votos, determinando os delegados que votarão no Colégio Eleitoral. Até o dia 11 de dezembro, os estados devem emitir os certificados de verificação que confirmam quem serão seus delegados.

No dia 17 de dezembro, esses delegados se reúnem em seus estados e emitem seus votos, registrados em seis cópias em papel, que devem ser enviados ao presidente do Senado e ao Arquivo Nacional até 25 de dezembro. Finalmente, no dia 6 de janeiro, o Congresso realiza uma sessão conjunta para a contagem dos votos dos delegados, proclamando oficialmente o novo presidente e vice-presidente dos Estados Unidos. A posse do eleito acontece em 20 de janeiro de 2025, ao meio-dia.

O Ataque ao Capitólio e suas Consequências

O impacto do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, mudou a percepção sobre o ritual de certificação, que antes era considerado uma mera formalidade. Naquele ano, apoiadores de Donald Trump invadiram o Congresso em uma tentativa de bloquear a confirmação da vitória de Joe Biden, resultando em confrontos, cinco mortes e interrupção temporária da sessão, que foi retomada e concluída ainda na noite do mesmo dia.

Para as eleições de 2024, as autoridades aumentaram as medidas de segurança. A Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA) e o Departamento de Segurança Nacional implementaram avanços tecnológicos e reforços físicos nos locais de votação, especialmente em áreas de risco. A segurança inclui a proteção contra ameaças cibernéticas, como ataques de ransomware e deepfakes, além do monitoramento de possíveis interferências de países como Rússia, China e Irã.

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