A deputada federal Amália Barros (PL-MT) morreu aos 39 anos de idade, em São Paulo; ela estava internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde o dia 1º de maio, quando foi hospitalizada para fazer uma cirurgia para a retirada dum nódulo no pâncreas. A morte foi confirmada na madrugada deste sábado para domingo (12 de maio) pelas redes sociais da parlamentar.
“Nos deixou, mas deixa um legado de luta, resiliência e esperança que transcenderá gerações. Eu já era sua fã, antes dela se tornar uma política. Ela me ensinou que nenhuma de suas perdas podia detê-la; pelo contrário, essas perdas, a impulsionaram a alcançar ainda mais. Amália costumava dizer com um sorriso no rosto sem um olho, sem um rim, mas completa. Amália não via barreiras, apenas oportunidades de fazer a diferença. Ela queria que fossemos ouvidos, que alguém olhasse para nós“, disse Michelle, ex-primeira-dama do Brasil.
Amália Barros estava no seu primeiro mandato. Ora, sempre muito atuante na Câmara dos Deputados do Brasil, a parlamentar concedeu a mim [Harrison S. Silva, jornalista] uma entrevista para o Portal Política sobre a “política de inclusão social de educação bilíngue para os surdos”; assista ao vídeo aqui.
Na Casa do Povo
Na Câmara dos Deputados, ela lutava pelos direitos das pessoas com deficiência e pela conscientização sobre a toxoplasmose. Em 2021 lançou o livro Se Enxerga!: Transforme desafios em grandes oportunidades para você e outras pessoas, em que conta sua história. Também fundou o Instituto Amália Barros, rebatizado posteriormente como Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), decretou luto oficial de 1 dia na Câmara dos Deputados.
“Quero expressar meus sentimentos à família e aos amigos da nossa querida deputada Amália Barros, uma jovem lutadora pelas causas do Mato Grosso e da visão monocular. Ainda sem ter assumido o mandato, me procurou na Câmara dos Deputados para a aprovação da Lei 14.126/21, da qual foi incansável articuladora e que classifica a visão monocular como deficiência sensorial e estende os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência. Uma conquista ímpar para o segmento“. Publicou ele nas redes sociais.
Ademais, ela se dedicou à aprovação da Lei. 14.126/2021, que classificou a visão monocular como deficiência sensorial e deu às pessoas com visão monocular os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência. Aos familiares e amigos, os nossos sinceros sentimentos.
Repercussão nas redes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o X para lamentar a partida da colega de partido. “Deus, em sua infinita bondade, a receba e conforte seus familiares e amigos“, disse. A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, usou os stories para prestar homenagem a Amália.
“Vou te amar pra sempre, minha amiga. Você está nos braços do nosso pai.” Pelas redes sociais, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol lamentou a morte da parlamentar. “Não tenho palavras pra me expressar diante dessa notícia. Amália era uma guerreira, com uma história de vida linda e inspiradora. Tive a honra de presenciar o trabalho dela em prol das pessoas com deficiência“, escreveu.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também prestou condolências. “Minhas condolências à família da @amaliabarros, que se tornou um grande exemplo de superação de barreiras e de dedicação e amor ao próximo, Que Deus a acolha na sua infinita misericórdia e conforte seus familiares e amigos. Deixará muitas saudades!“, disse pelas redes sociais.
O substituto
O primeiro suplente do PL do Mato Grosso é Nelson Barbudo, que foi deputado na legislatura passada. Ele será convocado para assumir a vaga deixada por Amália Barros.
Fonte: Agência Câmara de Notícia e Correio Braziliense (com adaptações)