Ora, a tal reunião é o primeiro dos encontros semanais que ocorrerão às segundas-feiras para azeitar a articulação política do governo, sob o comando de Lula e com a participação do ministro Alexandre Padilha e os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem-Partido); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) e na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O desafio é saber o quanto isso vai repercutir no Congresso, que tem uma agenda própria em dezenas de pautas e que é obviamente um Congresso de maioria de centro-direita e de direita.
E também como Lula vai lidar com esse perfil do Congresso. Nas pautas de costumes, por exemplo, um líder do governo admitia na semana passada, na noite em que o governo era mais uma vez derrotado. Outra questão é saber como entra o ministro Padilha neste jogo, uma vez que ele está de certa forma inviabilizado nas funções para as quais foi designado.
Entre alguns ministros de Lula, o temor é que, se essa reação não der resultado, 2025 será um ano de crise política. Explica um deles, que pede para não ser identificado. Neste ano ainda não porque o período pré-eleitoral vai abafar a agenda do Congresso, mas a partir de novembro, a coisa muda. E, no ano que vem, o jogo de 2026 estará se armando de forma mais visível.
Fonte: O Globo (com adaptações)