Kataguiri quer convocar ministro da CGU para explicar sigilos de Lula

O parlamentar compara Lula com Bolsonaro e pede que o ministro vá à Câmara dos Deputados explicar sigilos impostos pelo governo.

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O deputado Kim Kataguiri (União-SP), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, quer convocar o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, para explicar os sigilos de 100 anos impostos pelo governo Lula. Kataguiri apresentou ontem, dia, o requerimento pedindo a presença do ministro na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. O deputado chegou a comparar Lula com Jair Bolsonaro para justificar a convocação de Carvalho.

 

Fachada da CGU, o órgão de controle do Poder Executivo, com sede em Brasília | Foto: Reprodução
Fachada da CGU, o órgão de controle do Poder Executivo, com sede em Brasília | Foto: Reprodução

 

A negação de 1 339 pedidos de informação no último ano, sob a premissa de proteção de dados pessoais, e a consequente imposição de sigilos centenários contradizem frontalmente os discursos e promessas de transparência feitas pelo atual governo. Tal prática ecoa os atos do governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, os quais foram objeto de crítica e promessa de mudança por parte do Presidente Lula e sua equipe”, afirma o deputado.

O deputado lembra que o governo Bolsonaro foi criticado por Lula justamente por impor uma série de sigilos. E cita que o próprio Lula prometeu em campanha mudar a prática caso fosse eleito presidente da República. Em 2024, a comissão de Fiscalização e Controle é comandada pelo petista Joseildo Ramos (PT-BA) e tem ainda como 1º vice o também petista Kiko Celeguim (SP), o que deve inviabilizar a convocação de Vinícius Carvalho.

Os sigilos

Como mostrou o jornal Estadão, em 2023, o governo Lula impôs sigilo de 100 anos a 1 339 pedidos de informações, sob a justificativa de que os documentos de acesso público solicitados contêm dados pessoais. Comparado a 2022, último ano do mandato de Bolsonaro, o governo atual negou sete pedidos a mais do que o antecessor, que rejeitou 1 332 documentos, alegando ter informações pessoais.

 

Fonte: Metrópoles (com adaptações)

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