Escândalo de corrupção envolvendo desvio de verbas públicas é alvo da Operação Mensageiro em Santa Catarina

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Santa Catarina, Brasil – A 4ª fase da Operação Mensageiro está em andamento nesta quinta-feira (27), desvendando um escândalo de corrupção que envolve desvio de verbas públicas nas áreas de coleta de lixo e saneamento. A operação tem como alvo políticos e servidores de prefeituras em diferentes regiões do estado. Até o momento, dois prefeitos, um vereador, uma secretária-adjunta municipal e vários servidores foram presos. Em fases anteriores, sete prefeitos já haviam sido encarcerados.

Um total de 18 mandados de prisão preventiva e 65 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em doze cidades catarinenses, incluindo Imaruí, Presidente Getúlio, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte e Massaranduba. As informações que levaram aos mandados foram fornecidas por testemunhas e provas coletadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Entre as prisões confirmadas até às 10h20, destacam-se o prefeito Luiz Carlos Tamanini, de Corupá, e o vereador Edenilson Engel, de Três Barras, ambos pertencentes a partidos políticos diferentes. A prefeitura de Corupá emitiu uma nota afirmando que está à disposição da justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários e fornecer toda a documentação solicitada. A reportagem busca contato com os demais alvos da ação para obter seus posicionamentos.

Outros municípios também foram afetados pelas prisões. Em Guaramirim, dois servidores foram detidos, enquanto a prefeitura enfatizou seu compromisso com a transparência e afirmou ter entregue toda a documentação solicitada, acrescentando que o prefeito está fora do país em uma viagem familiar. Em Gravatal, a prefeitura recebeu oficiais para cumprir mandados de busca e apreensão no Setor de Licitações, ressaltando que o prefeito está em viagem oficial em Brasília e não foi citado no mandado. Já em Ibirama, agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) coletaram documentos de processos licitatórios, e o prefeito e o secretário passarão por audiência de custódia em Florianópolis.

O Grupo Serrana, empresa investigada no caso, divulgou uma nota afirmando que se manifestará exclusivamente nos processos da operação “em respeito ao sigilo judicial”. A Operação Mensageiro, deflagrada inicialmente no final de 2022 pelo Gaeco, visa desmantelar um suposto esquema de corrupção na licitação de lixo em várias cidades de Santa Catarina. As acusações incluem fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta

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