Elas: deputadas do Psol querem anular mudança de nome de assentamento do MST

Projeto na Alesp propõe anular portaria que mudou nome do assentamento Che Guevara para Irmã Dulce sem consulta prévia.

Foto: Reprodução

A deputada estadual Mônica Seixas (Psol) protocolou na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para suspender a decisão do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) de mudar o nome dum assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A iniciativa para sustar a ação do governo paulista conta com o apoio da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP). Sâmia Bomfim é deputada federal reeleita em 2022 pelo Psol de São Paulo. Mantém uma postura aguerrida em defesa dos direitos humanos, dos direitos das mulheres e dos trabalhadores.

Entenda

Por portaria, na gestão Tarcísio decretou que a comunidade, batizada de Che Guevara desde 1991, passaria a se chamar Irmã Dulce. Os moradores do assentamento, localizado na cidade de Mirante do Paranapanema (SP), foram pegos de surpresa. A substituição do nome foi possível porque a regularização fundiária da área é feita pela Fundação Instituto do Estado de São Paulo (Itesp), órgão do governo estadual.

Por mais que o ato em si esteja nas competências do Poder Executivo”, diz o documento da parlamentar do Psol, “seus atos não podem extrapolar o ordenamento jurídico”.

Ao alterar o nome de modo unilateral, sem qualquer procedimento democrático de oitiva e diálogo com a população, o governo estaria ferindo princípios constitucionais e internacionais, como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho. O projeto fica cinco dias na pauta para possíveis emendas de outros deputados e depois é distribuído para comissões.

Em seguida, vai a plenário. Para ser aprovado, o PDL precisa de maioria simples. Isso significa que dos 94 deputados da Alesp, um quórum com 48 é suficiente para que haja a votação. Assinada pelo diretor-executivo do Itesp, Lucas Bressanin, a portaria do governo estadual defendeu a substituição do nome do guerrilheiro da revolução cubana pelo da freira brasileira dizendo que Irmã Dulce dedicou a sua vida a obras de caridade.

 

Fonte: Brasil de Fato e Assessoria de Comunicação da deputada federal Sâmia Bomfim (com adaptações)

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