O sociólogo Miguel Rossetto (PT) chega à Assembleia Legislativa em 2023 para exercer o seu primeiro mandato de deputado estadual depois de uma longa trajetória, que iniciou no combate à ditadura nos tempos de estudante. Antes de exercer qualquer cargo eletivo, ele militou no movimento sindical ajudando a construir a chamada “oposição sindical” no Vale do Sinos na década de 1980 e importantes entidades sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Foi também presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Polo Petroquímico de Triunfo.
Foi só em 1993 que ele concorreu pela primeira vez, conquistando sob o slogan “Por que somos companheiros do mesmo sonho” uma vaga na Câmara Federal. Em 1999, foi eleito vice-governador de Olívio Dutra, numa das eleições mais disputadas do Rio Grande do Sul. E em 2003 assumiu como ministro do Desenvolvimento Agrário, no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Foi ainda presidente da Petrobras Biocombustível, ministro da Secretaria-geral da Presidência da República e ministro do Trabalho e Emprego, cargos exercidos durante o governo de Dilma Rousseff.
Em 2018, Miguel Rossetto concorreu ao Paláci Piratini e, em 2020, foi candidato a vice-prefeito de Porto Alegre na chapa encabeçada por Manuela D’ Ávila, que ficou em segundo lugar no pleito.
Na Assembleia Legislativa, cuja vaga foi garantida por 37.790 votos, obtidos majoritariamente em municípios da Região Metropolitana e Vale do Sinos, ele pretende construir um “mandato participativo, de esquerda, atuante na defesa dos serviços públicos, da escola pública de qualidade e da UERGS”. Também deverá priorizar ações que reduzam as filas no SUS e de apoio à agricultura familiar, economia solidária e de empresas públicas, como o Banrisul, a Corsan e a Ceitec. “Vamos trabalhar por um projeto de desenvolvimento com trabalho e renda digna para o povo gaúcho e que não agrida o meio ambiente”, anuncia.