Alex Manente, deputado federal pelo estado de São Paulo e líder do Cidadania na Câmara, está envolvido em uma polêmica relacionada a uma viagem oficial realizada no final de 2022. Durante essa missão oficial do Congresso brasileiro ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde foram visitadas empresas de tecnologia como Meta (proprietária do WhatsApp, Instagram e Facebook), Google e Uber, o deputado recebeu R$ 20 mil em verba pública da Câmara para custear as passagens aéreas e diárias da viagem.
Uso de verba pública e cobrança dupla
O problema surgiu quando Manente também incluiu as despesas da viagem nas contas do partido Cidadania, que também foram abastecidas com verba pública, proveniente do fundo partidário. Além disso, o deputado solicitou que a agência de turismo contratada pelo partido emitisse bilhetes em classe executiva para ele e sua esposa, Mariana Carvalho Manente.
Controvérsias e explicações
O valor total das despesas pagas pelo Cidadania foi de R$ 33.012, e o próprio Manente, como tesoureiro nacional do partido, autorizou o pagamento. Isso levanta questões sobre uma cobrança dupla, já que o deputado estava recebendo diárias e passagens da Câmara para a viagem oficial. Manente alega que a parte paga pelo Cidadania se refere apenas ao upgrade das passagens da classe econômica para a classe executiva e que sua esposa tinha direito à viagem devido a seu papel como dirigente partidária, embora não tenha especificado qual cargo ela ocupa.
Reações e possíveis consequências
A assessoria do deputado afirmou que não houve irregularidade na prestação de contas, mas colegas de partido estão solicitando uma investigação sobre o caso. Esta não é a primeira vez que Alex Manente enfrenta controvérsias relacionadas a viagens financiadas com dinheiro público. Em 2018, ele viajou à França em missão oficial e levou sua esposa. Embora tenha afirmado que ela pagou as próprias passagens, a hospedagem dela foi custeada com verba da Câmara.
A polêmica em torno das viagens oficiais e do uso de verba pública
A polêmica em torno das viagens oficiais e do uso de verba pública por políticos é uma questão sensível no Brasil, especialmente quando envolve o fundo partidário e o dinheiro dos contribuintes. Em 2022, 24 partidos receberam um total de R$ 1 bilhão do fundo partidário, enquanto a Câmara dos Deputados gastou R$ 1,6 milhão com as viagens oficiais de parlamentares.