CPI dos Atos Antidemocráticos aponta falhas no policiamento e indica responsáveis

Foto: Rinaldo Morelli/Agência CLDF

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, após extensa investigação, concluiu que houve falhas significativas no policiamento durante os eventos de 8 de janeiro de 2023. O relatório destaca um número insuficiente de policiais frente aos criminosos, comprometendo a ordem pública e a segurança do patrimônio.

Relatório do Deputado Hermeto poupa alta cúpula da PMDF

Apesar das críticas ao policiamento, o relatório elaborado pelo deputado Hermeto (MDB), que também é policial militar, não responsabiliza a alta cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia denunciado a alta cúpula, mas Hermeto focou suas acusações em apenas dois membros da PMDF, indicando-os por falhas nos atos antidemocráticos.

Indiciamentos propostos e defesa dos policiais militares

O relatório sugere o indiciamento do coronel Marcelo Casimiro e da coronel Cíntia Queiroz de Castro, acusando-os de serem peças-chave nas falhas de policiamento. Além disso, Hermeto classificou outros policiais militares já presos como “vítimas da falta de informações” desses dois oficiais.

Ampla investigação e histórico de indiciamentos

A CPI dos Atos Antidemocráticos, considerada histórica, indiciou 136 pessoas após nove meses de trabalho e 30 depoimentos. Os indiciados são divididos em quatro categorias: instigadores dos atos, financiadores, omissos e participantes diretos dos atos violentos.

Próximos passos após conclusão da CPI

Após a votação do relatório, emendas podem ser apresentadas para adicionar ou retirar nomes de indiciados. O documento final será encaminhado a órgãos como o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União (AGU), que podem iniciar novas investigações ou acrescentar informações às já existentes.

O relatório final da CPI dos Atos Antidemocráticos traz à luz importantes questões sobre a responsabilidade no policiamento e na manutenção da ordem durante eventos críticos. Enquanto aponta falhas específicas, o documento também abre caminho para possíveis ações legais e investigações futuras.

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