Um dos mais duros críticos dos serviços e das tarifas praticadas no setor aéreo, o senador Jayme Campos (União-MT) sugeriu que seja feita a abertura do que chamou de caixa preta das companhias aéreas que exploram a malha viária brasileira. O preço das passagens aéreas, regionalização de voos, programas de milhagens e reservas foram alguns dos assuntos abordados durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira, 5.
Durante os debates com representantes do governo e das empresas, Jayme Campos mencionou os rumores sobre a existência de um cartel operando no setor e lembrou que as companhias aéreas brasileiras cobram a passagem mais cara do planeta.
“Isso é um estupro no cidadão, que não tem a quem recorrer e estão cobrando de nós uma solução”, ilustrou ele [Jayme].
Vejamos
Apesar dos valores das tarifas, as empresas aéreas relatam prejuízos, a exemplo da Gol Linhas Aéreas, que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e apresentou uma dívida superior a R$ 20 bilhões. Campos disse ser incompreensível essa situação, especialmente pelo fato de que essas empresas operam voos com aeronaves completamente lotadas.
Desde o ano passado, Jayme Campos tem se colocado como um crítico das operações no setor aéreo nacional. Sobretudo, quanto aos valores das passagens aéreas. Em pronunciamento no plenário, disse que as empresas aéreas brasileiras têm o dever de explicar como estão fazendo a sua composição de preço.
Jayme Campos também cobrou respostas da Agência Nacional de Aviação Civil quanto à abertura da concorrência no mercado, com operação de outras companhias. Para ele, o setor se mostra lucrativo, apesar dos altos custos envolvidos na operação. Fato é, segundo ele, que o cidadão está sofrendo, inclusive, com o tratamento que é dispensado pelas aéreas, e, com isso, exigindo respostas claras por parte da classe política. Ele criticou duramente o número reduzido de voos, citando como exemplo novamente a ligação Brasília-Cuiabá.
Fonte: Assessoria de Comunicação do senador Jayme Campos, com adaptações