O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) justificou o seu parecer que livrou o deputado federal André Janones (Avante-MG) de punição por suposta prática de rachadinha a uma cláusula do Conselho de Ética da Câmara. Em entrevista ao Alt Tabet, do Canal UOL, o parlamentar afirmou que essa mesma regra foi utilizada por bolsonaristas para se livrarem de punição por participação nos atos de vandalismo do 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
“Estudei o caso e existe uma jurisprudência no Conselho de Ética da Câmara de que alguém suspeito de cometer um crime antes do mandato, não pode ser punido nesta legislatura”, declarou.
Ele afirmou que rachadinha é crime independente de quem praticar, mas ressaltou que não era possível adotar dois pesos e duas medidas. O deputado salientou que foi por conta dessa cláusula do Conselho de Ética da Câmara que os bolsonaristas que estiveram naquele 8 de janeiro de 2023 não foram julgados pela Casa, porque os fatos se deram dias antes da proclamação de posse da atual legislatura, ocorrida em fevereiro daquele mesmo ano.
Ademais, Boulos disse ser contra essa norma da Câmara dos Deputados porque não há razão de ser nela. Guilherme Boulos destacou que Janones não é o seu correligionário e que o partido de Janones apoia o seu adversário na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Boulos foi relator do caso Janones e deu parecer contra a punição do colega porque a suposta rachadinha teria sido praticada antes da atual legislatura.
Fonte: UOL (com adaptações)