Boulos recebe apoio do PMB, partido que abriga ex-ministro de Bolsonaro

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Pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) recebeu, nesta quinta-feira 23, o apoio do Partido da Mulher Brasileira (PMB) na corrida pela administração municipal. O ato, ocorrido em um hotel na região da Avenida Paulista, contou com a presença da presidente da sigla, Suêd Haidar Nogueira.

 

 

A chegada do PMB eleva o número de partidos que apoiam a empreitada de Boulos para sete. Além da legenda comandada por Nogueira e do PSOL, ao qual o parlamentar é filiado, integram a coligação PT, PDT, PCdoB, PV e Rede.

Durante o evento, a presidente do PMB rejeitou a associação da legenda ao bolsonarismo e disse que o partido não é direita nem de esquerda nem de centro, mas “está na frente”. A ideologia da agremiação, explicou Nogueira, é “cuidar da vida das pessoas” e estar junto de “quem estiver do lado certo”.

Boulos, por sua vez, fez críticas à gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), celebrou a chegada do PMB e relembrou uma orientação do partido de 2022, a orientar seus filiados a não apoiarem a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

 

“Por isso há coerência [do partido] com a decisão de aqui em São Paulo enfrentar a candidatura que expressa o bolsonarismo”, disse o pré-candidato, referindo-se ao bolsonarismo como “aquilo que há de pior na política brasileira”, por trabalhar com uma “política tóxica, agressiva, baseada em cultura do ódio”.

Fundado em 2008, o nanico PMB não possui representantes no Congresso Nacional atualmente e abriga o ex-ministro da Educação sob Bolsonaro, Abraham Weintraub. Ele havia anunciado sua pré-candidatura à prefeitura, mas não obteve o apoio da direção do partido.

Em 2015, quando conseguiu registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral, a sigla recebeu seus primeiros filiados com mandatos na Câmara, mas todos eram homens.

Apesar do nome, o PMB diz não se identificar com a causa feminista e se define como um partido de “mulheres progressistas”, “ativistas de movimentos sociais e populares” e que, com homens, “manifestaram sempre a sua solidariedade com as mulheres privadas de liberdades políticas, vítimas de opressão, da exclusão e das terríveis condições de vida”.

 

 

A legenda tentou mudar seu nome para “Brasil 35” em 2021, com objetivo de atrair o então presidente da República após sua saída do PSL, mas a iniciativa foi barrada pela Justiça Eleitoral. O cálculo mais recente do TSE, de abril deste ano, indica que o partido possui pouco mais de 56 mil filiados.

 

Via Carta Capital

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