O líder da Nicarágua, Daniel Ortega, ampliou sua série de ações contra a Igreja Católica ao anular o estatuto jurídico da Companhia de Jesus, também conhecida como Ordem dos Jesuítas, e confiscar seus bens, conforme relatado pela BBC em 24 de agosto. O decreto oficial foi publicado no jornal La Gaceta.
Antecedentes de Ortega:
Daniel Ortega, que ocupa o poder há 14 anos, tem demonstrado sua hostilidade contra a Igreja Católica, intensificando seus ataques após a participação da Igreja nos protestos de 2018 contra seu regime. Ele rotulou a Igreja Católica de “máfia” e acusou-a de ser uma entidade antidemocrática. Como resultado, várias organizações religiosas foram fechadas, e muitos líderes foram detidos ou forçados ao exílio.
Justificativa do Regime:
A razão fornecida pelo governo nicaraguense para a dissolução da Companhia de Jesus foi a suposta falha da ordem em apresentar suas demonstrações financeiras entre os anos de 2020 e 2022. Além disso, o confisco de propriedades inclui escolas administradas pelos jesuítas no país.
Ações Anteriores:
Não é a primeira vez que Ortega atinge entidades jesuítas. Na semana anterior, seu governo já havia determinado o confisco da Universidade Centro-Americana, que estava sob a gestão dos jesuítas há mais de seis décadas.
Reação Internacional:
Em resposta a essas ações, associações de universidades vinculadas à ordem religiosa na América Latina expressaram seu repúdio às medidas tomadas por Ortega.
O cenário político na Nicarágua continua a mostrar sinais de repressão e redução da liberdade religiosa. A comunidade internacional está cada vez mais preocupada com a direção que o país está tomando sob a liderança de Ortega.