O governo Lula, sob crescente pressão, enfrenta críticas pelo atraso na liberação de títulos de propriedade. Segundo o renomado jornal O Globo, desde o início do ano, apenas 726 assentamentos foram realizados. Esse número representa somente cerca de 10% da meta estipulada para assentar 7,2 mil famílias até março do próximo ano.
Descontentamento interno no partido
Membros do PT diretamente conectados ao Movimento Sem Terra manifestaram seu descontentamento com o andamento dos processos. Na última semana, uma reunião do núcleo agrário do partido foi palco de críticas e demonstrações de insatisfação. O deputado Macron, representante do Rio Grande do Sul, destacou a insuficiência de recursos e não poupou críticas aos ministros Paulo Teixeira, responsável pelo Desenvolvimento Agrário, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Macron ainda ressaltou que Rui Costa, chefe da Casa Civil, não os tem recebido para discutir o assunto.
Reivindicações financeiras
Para que o MST possa atingir seus objetivos de assentar cerca de 50 mil famílias anualmente, estima-se que seriam necessários R$ 2,8 bilhões. Atualmente, o Movimento Sem Terra afirma que há 60 mil acampamentos esperando resoluções.
O embate entre o MST e o governo Lula traz à tona questões cruciais sobre a reforma agrária no Brasil. A lentidão nos processos de assentamento ressalta a necessidade de diálogo e ação efetiva para atender às demandas das famílias que aguardam um espaço para chamar de seu.