A Câmara dos Deputados se prepara para votar nesta terça-feira, dia 11, o pedido de urgência para o projeto de lei que classifica o aborto realizado após a 22ª semana de gestação como crime de homicídio. Se aprovado, o projeto será votado ainda na mesma noite, com a expectativa duma expressiva vitória por parte dos defensores da proposta; informa Lauro Jardim, do jornal O Globo.

O texto, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), é visto como um marco para a bancada evangélica no Congresso Nacional, que tem defendido com veemência a aprovação da medida. A votação deve contar com o apoio de mais de 300 parlamentares, num universo de 513, o que indica uma possível aprovação ampla e contundente.

A decisão do governo do presidente Lula (PT) de não interferir no processo tem sido um ponto crucial nas discussões. Fontes indicam que Sóstenes foi informado de que o governo manterá uma posição neutra, optando por não se envolver em questões de costumes que dividem profundamente a sociedade brasileira.

Essa postura do governo Lula reflete um afastamento estratégico das batalhas culturais, concentrando-se noutras prioridades legislativas. A bancada evangélica, com a sua considerável influência política, mobilizou-se intensamente, contando também com o apoio ativo de líderes católicos, como bispos e padres, que têm feito apelos diretos a parlamentares para garantir a aprovação do projeto.

Fonte: Agência Câmara de Notícias, com informações da Brasil 247 (com adaptações)