Sistemas indicam que Bolsonaro recebeu duas doses da vacina, mas ex-presidente nega

Foto: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (3), a Polícia Federal realizou buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, faz parte do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação tem como alvo um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Dados falsificados teriam sido utilizados para burlar restrições sanitárias no Brasil e nos Estados Unidos

Segundo a TV Globo e a GloboNews, teriam sido forjados certificados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, da filha dele, hoje com 12 anos, e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, além da esposa e filha dele. A suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. Os dados falsificados teriam sido utilizados para gerar certificados de vacinação e burlar as restrições sanitárias impostas pelos poderes públicos, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Foto bozo nos EUA

Segundo os sistemas do Ministério da Saúde, duas doses de vacinas contra a Covid teriam sido aplicadas em Jair Bolsonaro. No sistema da Rede Nacional de Dados em Saúde, constam duas doses da Pfizer supostamente aplicadas em 13 de agosto de 2022 e 14 de outubro, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ). No entanto, após a operação da PF, o próprio ex-presidente negou ter se imunizado. Os dados foram inseridos no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações apenas em 21 de dezembro, pelo secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha. Uma semana depois, no dia 27 de dezembro do ano passado, as informações foram excluídas do sistema por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, sob alegação de “erro”.

Seis pessoas são presas na operação da PF, incluindo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Entre os seis presos na operação, estão o coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha. Além disso, os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. A investigação apura os crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, prevaricação, corrupção passiva e ativa, além de associação criminosa.

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