O homem é um animal político

Autor da frase, Aristóteles (384 – 322 a.C.), foi um dos maiores filósofos do mundo ocidental.

O que é política?

Saudações meu nobre leitor do Portal Política. Como vai?

Política é um assunto que, desde a fila das lotéricas, nos bares, nas universidades ou na família, está na pauta das pessoas, é a democracia. Todos, nalgum nível, entende de política e podem, portanto, discorrer sobre ela consoante as suas fontes e referências. No século XX, surgiu a política partidária como estratégia de marketing para o domínio das massas, foi aí que o conceito de direita e esquerda partidária surgiram. Entenda, no século XX o conceito de direita e de esquerda vieram como jogada política, mas o seu conceito, digo, filosófico e social surgiu na Revolução Francesa, com a Queda da Bastilha, em 1789.

Tomada da Bastilha - Queda - Revolução Francesa - Aula Zen

A Queda da Bastilha ou a Tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789 é o marco da sociedade contemporânea. Desde então, a política, assim como outras áreas, têm pegado “emprestado” os termos como direita e esquerda e trazido para o campo ideológico.

Política é algo que tem a ver com a organização, direção e administração de nações ou Estados. Nos regimes democráticos, a Ciência Política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com o seu voto ou com a sua militância. A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em pólis; portanto, o termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeia), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado grega.

Polis: A criação | GPET Física

Pólis grega

Por extensão, a pólis grega poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.

A política partidária

O Brasil é uma democracia indireta, onde os representantes são escolhidos por voto dos cidadãos, mas com plebiscito e referendo (exemplos de democracia direta) para questões específicas. O nosso sistema eleitoral é dado ao monopólio dos partidos políticos, que são as entidades intermediárias entre o poder estatal e os cidadãos. Tal monopólio proíbe a eleição de candidatos independentes, ou seja, aqueles sem filiação a partidos. Embora sejam, formalmente, entidades baseadas num eixo ideológico, os partidos brasileiros sofrem de intenso fisiologismo, que é a adequação das suas atitudes a qualquer valor mais lucrativo no momento.

A nossa Carta Política de 1988, a carta cidadã, estabelece no seu artigo 1º, parágrafo único, que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da constituição. Sê-lo-á mesmo? Bom, são os partidos, durante a convenção partidária, que decidem quem será o candidato ao pleito. Dessarte, ora, o poder não seria dos partidos políticos?!

Para tanto, sabendo que a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 1⁰ e inciso 5 defende a ideia do pluralismo político e, como consequência, vários partidos, o artigo 17, da mesma Carta, prevê o modelo do pluripartidarismo, ou seja, não há restrição ao número de partidos que podem ser criados no país. Contudo, de todos os 32 partidos registrados no TSE, a população pouco se identifica ou se vê representada pelos existentes ou pelos recém-criados. Tal permissividade constitucional atrelada à garantia de recursos públicos para subsidiar as agremiações partidárias estimulou vertiginosamente o aumento de partidos registrados. Portanto, para minimizar os efeitos dessa fragmentação partidária surgiu a ideia da federação partidária, por meio da Lei 14.208 de 28 de setembro de 2021.

Por Harry, colunista do Portal Política

 

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