Ministro Silvio Almeida e deputado Kim Kataguiri trocam críticas um ao outro em audiência

Embate entre Silvio Almeida e Kim Kataguiri marca audiência na Câmara dos Deputados.

Foto: Reprodução

O ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, e o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) trocaram críticas em audiência realizada nessa semana na Câmara dos Deputados. Kataguiri foi um dos deputados que apresentou pedido de convite ao ministro para ele prestar esclarecimentos sobre o pagamento de passagens à Dama do tráfico amazonense, mulher do líder do Comando Vermelho. Ao responder o deputado, que não ficou satisfeito com as respostas sobre o pagamento das passagens, Silvio Almeida disse que Kataguiri não consideraria suficiente a sua resposta por ele fazer parte de um grupo (MBL) que tem como algo usual fazer falas difamatórias, para dizer depois que venceu um debate que nunca se propôs a fazer.

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O senhor pertence ao pior grupo do país e que é responsável pela deterioração do debate político no Brasil. Tenho direito de me posicionar e de responder na condição de ministro de Estado que sou. O deputado vem me atacando e fazendo insinuações de caráter criminoso”, disse o ministro. Almeida ainda apontou que o deputado estaria prevaricando ao acusar a conduta do Ministério dos Direitos Humanos. “Se o senhor acha que tem alguma coisa de errado com a conduta do ministério [dos Direitos Humanos e da Cidadania], tome a conduta que deve, caso contrário, o senhor estará prevaricando”, alegou.

Na ocasião, Almeida também se solidarizou pelo padre Júlio Lancelotti, por estar sendo atacado por um ex-membro do grupo político de Kataguiri. “Eu repito aqui: “O senhor e o seu grupo são os maiores responsáveis por desestabilizar a democracia brasileira”, reforçou o ministro. Em resposta as acusações e críticas apontadas, o deputado Kataguiri apontou o desequilíbrio e o incômodo do ministro em responder as perguntas, e disse que se Almeida quiser pode entrar com ações judiciais contra ele.

O senhor apontou que eu faço acusações difamatórias e que eu poderia até estar prevaricando, se não tomasse uma atitude contra o seu ministério, o senhor pode me processar – se eu disse alguma mentira aponte essa notícia falsa ao judiciário – serei condenado e serei obrigado a me retratar, mas o senhor não fará, porque sabe que perderá”, disse Kataguiri na audiência. O deputado ainda justificou que as perguntas foram apresentadas com muita tranquilidade, mas o ministro preferiu não as responder. “Não possui respostas, porque as respostas não podem ser dadas, porque são notícias e fatos. Quando não se sabe combater no mérito e responder no mérito, ataca-se o mensageiro”, apontou.

Kataguiri também rebateu as acusações feitas ao Movimento Brasil Livre, o qual é o fundador e coordenador. “Se o senhor quer colocar que o meu grupo desestabiliza a democracia brasileira, me perdoe, o governo que vossa excelência faz parte, teve diversos membros condenados por implementar uma ditadura da propina em relação a este Congresso Nacional e com muito orgulho derrubamos esse governo”, concluiu Kataguiri.

 

Fonte: Gazeta do Povo

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