Regina Sousa nasceu em União, no Piauí, filha de camponeses sem terras. Aos treze anos, mudou-se para Parnaíba para continuar seus estudos, morando com parentes. Tornou-se professora primária e, posteriormente, graduou-se em Letras pela Universidade Federal do Piauí, onde participou do movimento estudantil durante a ditadura militar.
Carreira no Banco do Brasil e no sindicalismo
Em 1983, Sousa foi aprovada em concurso público para o Banco do Brasil, onde trabalhou por mais de vinte anos. Paralelamente, engajou-se no movimento sindical, tendo sido presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí e fundadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado.
Política e governo Dias
Sousa se aproximou do governador Wellington Dias através do sindicalismo e do PT, tendo coordenado suas campanhas eleitorais em 2002 e 2006. Com a vitória de Dias em 2003, foi nomeada secretária de Administração do Piauí. Em 2010, candidatou-se à primeira suplência de Dias ao Senado, tornando-se senadora em 2015 após sua renúncia para assumir o governo do estado pela quarta vez.
No Senado, Sousa foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e votou contrariamente ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em 2018, foi escolhida pelo governador Dias como sua candidata a vice-governadora, sendo eleita no primeiro turno com mais de 55% dos votos válidos.
Legado político
Sousa foi a primeira mulher a representar o Piauí no Senado e é conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos e da igualdade racial. Em 2020, tornou-se integrante da Comitiva Nacional do Partido dos Trabalhadores. Seu legado político é marcado pela trajetória de uma mulher negra, nordestina e sindicalista que alcançou posições de destaque na política brasileira.