Targino Machado Pedreira Filho nasceu em 4 de setembro de 1952, em Salvador, filho de Targino Machado Pedreira e Floripes Dessa Pedreira. Cursou o Primário e o Secundário no Colégio Taylor Egídio, em Jaguaquara (BA), concluindo o Secundário no Colégio Antônio Vieira, em Salvador. Em 1980, formou-se em Medicina pela Escola de Medicina e Saúde Pública (EMSP), de Salvador, especializando-se posteriormente em Cardiologia.
Iniciou a vida profissional exercendo a Medicina em São Gonçalo dos Campos (BA), onde também começou a carreira política, filiando-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) em 1988 e elegendo-se prefeito para o período 1989-1993. Ao final da gestão, seu nome figurou na lista de prefeitos acusados de má utilização do dinheiro público entregue à Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA) pelo Procurador Geral da Justiça, Fernando Tourinho, em acolhimento a denúncia do Ministério Público (MP-BA) e da auditoria do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA).
Em 1994, Targino Machado foi eleito deputado estadual pelo PDT para a legislatura 1995-1999. Na ALBA, foi presidente da Comissão de Fiscalização e Controle (1995-1996), membro titular da Comissão de Saúde e Saneamento (1995) e vice-líder do PDT (1995). Ao longo do mandato, se aproximou da bancada governista por intermédio do deputado federal Geddel Vieira Lima, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e passou a apoiar o nome do também deputado federal Luís Eduardo Magalhães, do Partido da Frente Liberal (PFL), para a sucessão do governador Paulo Souto (1995-1998).
Em setembro de 1997, ingressou no PMDB, do qual foi líder na ALBA (1997-1998) e pelo qual se reelegeu deputado estadual no ano seguinte. Em seu segundo mandato na ALBA (1999-2003), foi 3º vice-presidente da Mesa Diretora (1999-2000), presidiu a Comissão de Defesa do Consumidor (2002) e foi membro titular das Comissões Especial de Divisão Territorial (2000-2002), Defesa do Consumidor (2001) e Finanças e Orçamento (2001-2002) e das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para Apuração de Irregularidades na Gestão da Companhia das Docas do Estado da Bahia/Codeba (2001-2002) e Ilicitudes na Manipulação dos Recursos do Sistema Único de Saúde/SUS (2000-2002). No caso desta última CPI, Targino Machado vinha solicitando sua criação desde o mandato anterior, quando tornou públicas denúncias de irregularidades na gestão do SUS em alguns municípios baianos ao longo de 1995. Foi, ainda, vice-líder do PMDB (2000).
Em 2002, Targino Machado foi reconduzido pelo PMDB para mais um mandato legislativo na ALBA (2003-2007), quando presidiu as Comissões de Minas, Energia, Ciência e Tecnologia (2003-2006) e CPI dos Combustíveis (2005-2006) e foi membro titular das Comissões Especial para Reforma do Regimento Interno (2003), CPI para Apurar Denúncias de Escuta Telefônica de Determinadas Autoridades (2003), Especial de Divisão Territorial (2003-2004), Especial para Atualização e Reforma do Regimento Interno (2003-2004) e Saúde e Saneamento (2003-2004), além de ter desempenhado os cargos de líder (2003-2005) e vice-líder (2006) do PMDB e vice-líder do Bloco Partido Comunista do Brasil (PCdoB)/Partido Popular Socialista (PPS)/PMDB (2003-2004).
Targino Machado não se candidatou em 2006 e, no ano seguinte, mudou mais uma vez de partido, entrando no Partido Social Cristão (PSC), pelo qual foi reeleito deputado estadual em 2010. Em seu quarto mandato na ALBA (2011-2015), foi membro titular da Comissão Extraordinária para Discussão e Análise da Reforma (2011-2012), líder dos Blocos Partido Trabalhista Nacional (PTN)/PSC (2011) e Partido Republicano Progressista (PRP)/PTN/PSC (2011-2013). Em 2013, nova mudança de agremiação, com o ingresso no Democratas (DEM), do qual foi vice-líder na ALBA (2014), em virtude do PSC ter passado a apoiar o governador Jaques Wagner (2011-2015), do Partido dos Trabalhadores (PT), enquanto ele optou por manter-se na oposição.
Em 2014, Targino Machado foi eleito deputado estadual pelo DEM para mais uma legislatura na ALBA (2015-2019), tendo exercido a vice-liderança da Bancada da Minoria (2014-2016). Em 2016, deixou o DEM, filiando-se ao PPS.
Targino Machado tem conciliado a atividade parlamentar com a de empresário e proprietário rural, estando radicado desde 2008 em Feira de Santana, onde sua família possui influência política, a exemplo do irmão Antônio Carlos Machado, falecido em 2015, que foi vereador por dois mandatos (1993-1996, pelo Partido Liberal/PL, e 1997-2000, pelo Partido Progressista/PP) e secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer (1998-2000) na gestão de Clailton Mascarenhas (PSC), e da sobrinha, Cíntia Machado, vereadora também por dois mandatos (2005-2008, pelo Partido da Mobilização Nacional/PMN, e 2013-2016, pelo PSC).
Continua igualmente vinculado à política municipal de São Gonçalo dos Campos, onde sua primeira esposa, a pneumologista Maria Edla Vieira Torres Pedreira, foi candidata derrotada à prefeitura pelo PDT em 1996, e seu filho, Tarcísio Torres Pedreira, disputou, sem sucesso, as eleições para vereador (pelo PP em 2004) e para prefeito (pelo PSC em 2012 e pelo PPS em 2016), sendo que no pleito de 2012 ele foi derrotado pelo próprio tio, irmão de Targino Machado, Antônio Dessa Cardoso, também conhecido como Furão, do Partido Social Democrático (PSD), que governou a cidade por duas vezes (2008-2012; 2013-2106). Uma outra filha, Tarsila, também concorreu a vereadora de São Gonçalo dos Campos pelo PPS em 2016, mas não se elegeu.
Em 2010, foi agraciado com o Título de Cidadão Feirense pela Câmara de Vereadores de Feira de Santana. Nas eleições de 2018, foi candidato a deputado estadual pelo DEM e foi reeleito com 67.164 votos. Em 6 de outubro de 2020 o TSE cassa o mandato de Targino Machado por realizar atendimentos médicos nas eleições de 2018.
FONTE: http://dbhb.fpc.ba.gov.br/2019/12/09/targinomachado/