Vindo do interior de Goiás, chegou a Porto Alegre em fevereiro de 1978.
É casado com Valéria Leopoldino e pai de Pablo Melo, eleito vereador suplente em Porto Alegre.
Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) desde 1981, foi vereador da cidade entre 2001 a 2012 e vice-prefeito da capital gaúcha de 2013 a 2017, durante a gestão de José Fortunati. Em 2018, foi eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul, cargo que exerceu até 2021.
Graduado em direito na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Melo concorreu a prefeito de Porto Alegre em duas ocasiões. Na primeira vez, em 2016, chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Nelson Marchezan Júnior. Em 2020, Melo novamente chegou ao segundo turno, obtendo êxito e vencendo Manuela d'Ávila.
Trajetória política
Vereador em Porto Alegre (2001–2012)
Tornou-se vereador de Porto Alegre cidade pela primeira vez em 2000, após ter concorrido em outros quatro pleitos municipais e não se eleger para o cargo.[7] Foi reeleito em 2004 e 2008. Em 2007, foi escolhido para presidir a Câmara Municipal de Porto Alegre.[8] Foi presidente da Câmara durante os anos de 2008 e 2009.
Vice-prefeito de Porto Alegre (2013–2016)
Sebastião Melo foi escolhido pelo diretório do PMDB para concorrer como vice do candidato José Fortunati, então no PDT, que concorria à reeleição ao cargo de prefeito de Porto Alegre, na eleição de 2012. Com a vitória de Fortunati logo no primeiro turno, Melo foi empossado como vice-prefeito em 1 de janeiro de 2013. Recebeu título de Cidadão de Porto Alegre em 2016, por iniciativa da Câmara.
Candidatura a prefeito de Porto Alegre em 2016
Em 2016, Melo foi candidato a prefeito de Porto Alegre pelo PMDB, com a deputada estadual Juliana Brizola, do PDT, como vice. No primeiro turno, recebeu 185.655 votos (25,93%), sendo o segundo candidato mais votado, atrás de Nelson Marchezan Júnior, e qualificando-se para concorrer no segundo turno.
Durante a campanha do segundo turno, Melo recebeu apoio do PCdoB, que no primeiro turno havia composto chapa com Raul Pont, candidato do PT, do PMN, que havia concorrido com João Carlos Rodrigues no turno anterior, e do candidato do PV, Marcelo Chiodo, ainda que o seu partido tenha fechado apoio a Marchezan Júnior. Ele também se posicionou mais à esquerda, anunciando seu apoio à luta contra a contra a PEC 241, que estabeleceu um teto para gastos públicos por vinte anos no Brasil, indo inclusive contra a posição nacional de seu partido.
Além disso, Melo firmou posição contra projetos de lei inspirados no movimento conservador Escola Sem Partido. Melo declarou que tinha "identidade de lutas" com a esquerda, pois vinha do "velho MDB", partido que fazia oposição à Ditadura Militar. O candidato ainda se mostrou contrário à privatização de empresas públicas, como DMAE, Procempa e Carris, e defendeu o Orçamento Participativo.
Após uma campanha tensa com constante troca de acusações com Marchezan Júnior, Melo foi derrotado, recebendo 262.601 votos (39,50%).
Nas eleições de 2018, foi eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul ao receber 34.881 votos, na Capital recebeu 27.788 votos.
Em junho de 2020, Melo foi lançado pré-candidato a prefeito de Porto Alegre pelo MDB em votação unânime do diretório municipal. Melo candidatou-se ao cargo de prefeito de Porto Alegre tendo o vereador Ricardo Gomes (DEM) como vice. Além do partido do vice, Cidadania, Solidariedade, DC e PRTB também compuseram a chapa. Ainda que o PSL apoiasse oficialmente a candidatura de Marchezan Júnior, alguns deputados do ex-partido do presidente Jair Bolsonaro fizeram campanha para Melo.
No primeiro turno, o Melo recebeu 200.280 votos (31% dos votos válidos) e se qualificou para a disputa do segundo turno contra Manuela D'Ávila, que fez 187.262 votos (29% dos votos válidos). Após a votação, o candidato recebeu o apoio de Gustavo Paim (PP), Valter Nagelstein (PSD), João Derly (Republicanos) e do PSDB.
Foi eleito prefeito de Porto Alegre em 29 de novembro de 2020, recebendo 370.550 votos, o equivalente a 54,63% dos votos válidos.