Filho dos agricultores familiares Arterio (in memorian) e Rosa Baldissera, Padre Pedro Baldissera nasceu em 29 de maio de 1957, em Caxambu do Sul, na época distrito de Chapecó, hoje já um município do Oeste catarinense. Desde muito jovem, junto de outros 11 irmãos, trabalhou na roça e manteve contato com a realidade dura da vida no campo.
Estudou até a 4ª série na Escola José Bevilaqua, da comunidade Dom José, também em Caxambu do Sul. Da 5ª a 8ª série continuou seus estudos na Escola Aurora Shell Loureiro, de São Carlos/SC. A partir do ensino médio transferiu-se para a Escola Estadual Professor Anízio Ferraz Godinho, de Conchas, em São Paulo/SP.
Prosseguiu seus estudos no ensino superior no curso de Filosofia da Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras, de Lorena, também em São Paulo. Ainda formou-se pedagogo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Moema, em São Paulo, e Teólogo, pelo Instituto Teológico de São Paulo.
Ordenado padre católico em 1985, iniciou uma história de fraternidade e carinho com as comunidades nas quais exerceu atividades. Entre 1986 e 1987 foi reitor do Seminário Salvatoriano de Videira/SC e de 1988 a 1992, pároco de Tangará/SC. Retornou a Videira ainda em 1992, onde prosseguiu na paróquia local até 1993.
Transferiu-se para Guaraciaba/SC em 1993 e desenvolveu atividades na paróquia do município até 1996. As marcas dos trabalhos nas paróquias, segundo aqueles e aquelas que também se envolviam nas atividades da igreja, eram a participação, a solidariedade e a motivação sempre presentes em qualquer ação, mesmo as mais simples.
Em 1996, depois de uma mobilização de lideranças comunitárias de Guaraciaba, aceitou ser candidato a Prefeito de Guaraciaba, sendo eleito. A gestão foi marcada pela participação da comunidade nas decisões, com implantação do orçamento participativa e uma recuperação financeira do município. Para cada R$ 10 arrecadados a prefeitura devia R$ 9. Em um ano as contas já apresentavam equilíbrio e as ações começaram a sair do papel, sempre com a fiscalização e participação das comunidades.
A gestão foi reconhecida pela população, que em 2000 foi reconduziu Padre Pedro ao cargo. O mesmo reconhecimento pela população da região, que perdura até hoje, levou Padre Pedro a Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 2002, com 28.306 votos. Em 2006 retornou com 30.998 votos. Em 2010, nova reeleição com 36.430 votos e em 2014 mais um mandato, com 32 mil votos.
Seu trabalho é reconhecido pelo forte compromisso com os movimentos sociais, os projetos dirigidos à agricultura familiar e camponesa, à preservação ambiental, ao apoio à agroecologia, ao desenvolvimento sustentável e à moralidade pública, uma das principais marcas do mandato. Neste tema, o destaque é a luta contra o subsídio vitalício de R$ 24 mil mensais, pago aos ex-governadores de SC.
A atuação também ganhou força na defesa da vitivinicultura, dos direitos dos avicultores, da economia solidária e da pesca e aquicultura.
Outras áreas que mereceram especial atenção, foram saúde e educação. Nestas, além de projetos e de articulações dentro da Assembleia, Padre Pedro acionou a justiça, quando encaminhou representações ao Ministério Público, para garantir que o Governo do Estado aplique os valores obrigatórios de 25% (educação) e 12% (saúde), o que assegura mais estrutura a ambas as áreas.
