O antifascismo foi a principal bandeira empunhada pelo policial civil Leonel Radde (PT) para conquistar os 44.300 que garantem o seu primeiro mandato no parlamento gaúcho. O combate à agenda fascista, no entanto, não é nova em sua trajetória. Ele já vem sendo travado na Câmara de Vereadores da capital gaúcha, onde Radde é vereador de primeira legislatura.
Para ele, o antifascismo está acima das disputas entre posições de esquerda e direita, constituindo-se numa causa de todos que defendem a democracia. De uma geração que incorporou ao seu ideário político, questões que por muito tempo permaneceram na invisibilidade, como a misoginia, o racismo estrutural e a discriminação à população LGBTQIAP+, acredita que a luta contra o fascismo, embora antiga, atualize a dimensão da defesa dos direitos humanos.
Único deputado de esquerda oriundo do funcionalismo estadual, ele promete atuar na defesa do serviço público e, mesmo antes de assumir, já está procurando as entidades representativas dos servidores para conhecer suas principais reivindicações. Irá atuar também na defesa da causa animal, meio ambiente, direitos das mulheres e cultura. E já tem em mente o primeiro projeto que irá apresentar na Assembleia Legislativa. A exemplo do que fez na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, pretende protocolar projeto de lei para criar o programa estadual de uso da cannabis medicinal. “Me sento autorizado a apresentar a proposta, que não foi tirada da minha cabeça, mas é fruto de estudos; é uma pauta que tenho pesquisado muito”, adianta.
Natural de Porto Alegre, Radde tem 41 anos. Ator e músico, é graduado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com especializações em História Contemporânea, Direito Penal e Processual Penal, Direito Constitucional e mestrado em Direitos Humanos. Tem graduação em Direito e está cursando Ciências Econômicas.