Nascido a 8 de maio de 1950, em Barra de São Francisco, Enivaldo Euzébio dos Anjos é filho do oficial de justiça Astrogildo Romão dos Anjos e da dona-de-casa Filomina Rosa dos Anjos, dona Samina.
Estudou em escolas públicas de Barra de São Francisco, no Grupo Escolar Governador Lindenberg e Escola de 1º e 2º Graus João XXIII. Tornou-se Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Colatina e também atuou como Escrivão do crime.
Aos 18 anos, casou-se com Cremilda Mattos dos Anjos, com quem tem um filho, Giulianno, que lhe deu a neta Paloma e Giulianna.
Desde muito cedo envolveu-se com a vida de sua comunidade. Fundou na década de 70 o jornal Skulaxo, impresso em Barra de São Francisco, em mimeográfo.
Dirigiu clubes sociais e de futebol, sempre realizando promoções sociais. Assinou como correspondente de jornais da Capital como A Tribuna e A Gazeta, em Vitória, e o Diário do Rio Doce, em Governador Valadares, Minas Gerais. Fundou a Associação Comercial de Barra de São Francisco, também foi o fundador e presidente do Clube Vale do Sol e diretor do Clube Perobas de Barra de São Francisco por 15 anos.
Tornou-se radialista, com um programa todas as manhãs na Rádio 13 de junho, de Mantena, Minas Gerais, até conseguir sua própria emissora de rádio em Barra de São Francisco, a Rádio São Francisco AM.
Militância Política
Filiou-se, em princípio, ao MDB, mudou-se para a Arena 2. Depois, com a reforma partidária, ingressou no PDS e integrou-se ao movimento dissidente “Participação”, que originou o Partido da Frente Liberal (PFL), ao qual filiou-se.
Foi chefe de Gabinete da Presidência da Assembléia Legislativa entre 1980 e 1981. Adquiriu popularidade e em 1982 disputou a primeira eleição para deputado, mas não se elegeu, teve 4.982 votos em Barra de São Francisco e um total de 6.400. Na segunda candidatura, em 1986, saiu vitorioso com 9.831 votos. Como líder do PFL, participou como membro efetivo da Comissão de Defesa do Consumidor e do Meio Ambiente e foi membro suplente da Comissão de Finanças, presidindo Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) expressivas, como a da Poluição, a do Menor, a da População e a popularmente conhecida como Dolargate.
O Executivo
Em 1988 ganhou pela primeira vez a eleição para prefeito de Barra de São Francisco. Sua administração é tida até hoje como uma das melhores que o município já teve.
-Programa de Apoio à Infância, através de ação direta da administração e de convênios com entidades assistenciais.
-Programa de Apoio à Gestante Carente, cuja base de apoio era a Casa da Gestante.
-Programa de Apoio à Terceira Idade, apoiado na Casa do Idoso.
-Programa de Apoio ao Estudante, com prioridade para os filhos de funcionários, mas extensivo ao restante da população, baseando-se principalmente na valorização do magistério municipal, e implementando o ensino em tempo integral em uma das escolas da rede municipal, Escola Erasmo Braga, tempo integral.
-Programa de Apoio ao Agricultor, com introdução de novas culturas no município, distribuição de sementes e patrulha mecânica.
-Programa Habitacional, dando oportunidade de moradia em especial à população carente.
-Programa de saneamento, levando água tratada de graça a todos os distritos e povoados.
-Programa de Geração de Empregos, baseado na criação da Vila Industrial de Barra de São Francisco, onde a cada dia instalam-se novas empresas, contribuindo para a mudança gradual do perfil sócio-econômico do município.
iliou-se ao PDT, em 1990.
Tornou-se, à unanimidade, presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes).
Fez o seu sucessor com mais de 50% dos votos úteis e, ao deixar a Prefeitura, tornou-se Secretário de Estado do Interior (1992 a 1994).
Foi coordenador do projeto dos Caics (Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente no Espírito Santo), Conselheiro do Fórum Nacional de Habitação para a Região Sudeste, presidente do Conselho Administrativo da Cesan e da Cohab-ES.
Novo Mandato
Chegou a ser candidato a governador do Estado pelo PDT nas eleições de 1994, desistindo da candidatura por uma decisão partidária, e lançando-se novamente a deputado estadual em 1994. Exerceu a vice-presidência da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (1995 a 1996) e, tendo apoiado a candidatura de Vítor Buaiz, foi escolhido vice-líder do Governo. Passou à liderança do Governo no segundo semestre de 1996, destacando-se como principal articulador da aprovação de leis promotoras da reforma de Estado. Atuou na liderança até o final do governo Vítor Buaiz.
Ainda no mesmo mandato, foi membro efetivo da Comissão de Justiça e suplente da Comissão de Finanças.
Integrou, ainda: a Comissão Especial dos Altos Salários; a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o fato gerador da inadimplência do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) nos últimos 12 anos; a CPI para apurar responsabilidades sobre a crise financeira do Estado; e a Comissão Especial de Inquérito para apurar o incremento da criminalidade no Estado.
Como relator da Comissão Especial analisou o processo de concessão à iniciativa privada do Sistema Rodovia do Sol – Terceira Ponte; atuou na presidência da Comissão Especial para analisar denúncias de irregularidades nas arbitragens de futebol no Estado; e foi membro das Comissões Permanentes de Constituição e Justiça, de Finanças e de Educação, Ciência, Tecnologia, Saúde, Saneamento e Assistência Social.
Em 1998, Enivaldo dos Anjos foi eleito para o seu terceiro mandato com 20.910 votos.
O Desportista
Desportista atuante ocupou a presidência da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Espírito Santo (1981), acabando com a crise de credibilidade do órgão.
Seu trabalho à frente da arbitragem capixaba é reconhecido até os dias de hoje, pois há mais de 16 anos os jogos do Campeonato Capixaba não precisam mais ser apitados por árbitros de outros Estados.
Presidiu o Santos Futebol Clube, de Barra de São Francisco, e o Rio Branco Atlético Clube, de Vitória.
No início de 1999, Enivaldo dos Anjos voltou a presidir o Rio Branco. Como meta, buscou incrementar as obras do estádio Kleber Andrade. Hoje é seu presidente de honra.
Conselheiro do Tribunal de Contas
Enivaldo dos Anjos não chegou a concluir o seu terceiro mandato como deputado estadual, pois ao ser indicado para assumir uma vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, teve sua indicação aprovada na Assembleia Legislativa, onde obteve 29 dos trinta votos.
Assumiu o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo em agosto de 2000, chegou a ser eleito vice-presidente do Tribunal de Contas por duas vezes, deixou o tribunal em 2010.
Suplente do Senador Magno Malta
Em 2010 Enivaldo foi segundo suplente do Senador Magno Malta, que nesse ano foi o segundo mais votado do estado, com a bandeira “Todos Contra a Pedofilia”.
Presidente Estadual do PSD
Em 2011 após muita especulação Enivaldo dos Anjos foi indicado para a presidência estadual do recém formado PSD. Sempre cotado como nome certo quando o assunto é a eleição para a prefeito de Barra de São Francisco, afirmou que não seria candidato em 2012, no entanto, a pedido de amigos e comerciantes, colocou seu nome a disposição.
Foi derrotado nas urnas, mas reergueu um grupo político que estava esquecido, em Barra de São Francisco e região. Retorna à Assembleia Legislativa em 2018 após receber 18.625 votos.