Maria Aparecida Ramos, filha do caminhoneiro Adauto Francisco Ramos e da dona de casa Analine de Oliveira Ramos, morava em Sapé quando teve paralisia infantil, aos três anos de idade, por sua avó ter se recusado a levá-la para a vacinação. Apesar da deficiência, Cida concluiu o ensino fundamental e foi enviada a João Pessoa para cursar o ensino médio, assim como aconteceu com suas irmãs mais velhas.
Ao chegar à capital paraibana, estudando no Colégio 2001, aos 15 anos de idade, Cida descobriu uma tendência para a militância política e passou a participar de algumas atividades sociais mantidas pela Igreja Católica através dos seus organismos.
Depois, ela envolveu-se com o movimento estudantil secundarista e foi descoberta pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). No início dos anos 1980, Cida se identificou com a ideologia comunista dos militantes do PCdoB. Filiou-se ao partido e passou a ser uma das mais aguerridas militantes do comunismo na Paraíba.
Quando concluiu o ensino médio, ela ingressou na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para cursar Serviço Social. No segundo ano na universidade, Cida foi eleita presidente do Centro Acadêmico de Serviço Social (CA) e se destacou como liderança do movimento estudantil universitário. Em pouco tempo, foi eleita presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e ganhou dimensão na luta em defesa dos interesses dos estudantes e da universidade pública.
Em 1984, com a universidade em crise financeira, o então reitor Jackson de Carvalho, fechou o restaurante universitário. Isso fez com que Cida, apenas com uma pequena bolsa nas costas, uma pasta debaixo do braço e sem ter onde ficar, se dirigisse à Brasília para encontrar o então Ministro da Educação, Marco Maciel. Como não tinha para onde ir, foi para a frente do Ministério da Educação disposta a ficar acampada lá. Ela conseguiu falar com o ministro e marcou uma audiência, com todas as formalidades, conseguindo, assim, liberar os recursos financeiros para a reabertura do restaurante.
Concluído o curso universitário, em 1987, ela decidiu que o seu futuro estava ligado à universidade e ingressou no mestrado em Serviço Social pela UFPB, concluído em 1992, quando tornou-se professora na mesma instituição. Em 2001, iniciou o doutorado em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em 2003, Cida Ramos foi presidente por três vezes na Associação de Docentes da UFPB (AdufPB). Foi secretária de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH) da Paraíba, nas duas gestões do governador Ricardo Coutinho, entre os anos de 2011 e 2018. Por meio de sua gestão, executou a política de Assistência Social na Paraíba, atuando sempre na perspectiva do desenvolvimento social. Sob o seu comando, a SEDH saltou de R$ 4 milhões para mais de R$ 120 milhões em orçamento, 250 convênios e mais de 60 parcerias com instituições que atendem públicos diversos em toda a Paraíba.
No período de 2012 a 2015, exerceu também o cargo de presidente do Fórum Nacional de Secretários de Estado de Assistência Social (Fonseas).
Em 2014, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual disputou, em 2016, a eleição para a Prefeitura de João Pessoa, apoiada pelo então governador Ricardo Coutinho. Cida obteve 125.148 votos, representando 33,54% do total, ficando em segundo lugar.
Em 2018, por meio de apelos de movimentos sociais, sindicatos, professores, alunos, beneficiários de programas sociais, decidiu disputar as eleições para a Assembleia Legislativa da Paraíba, sendo eleita a deputada estadual mais votada na história política do Estado, com 56.048 votos.