Dionilso Mateus Marcon, mais conhecido como Marcon, é um agricultor e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Nascido em Rondinha, no Rio Grande do Sul, em 21 de setembro de 1964, Marcon se destacou desde jovem na luta pelos pequenos agricultores e pelos direitos dos trabalhadores rurais. Com uma trajetória política marcada por atuação nos Movimentos Sociais, ele se tornou uma voz ativa na defesa da Reforma Agrária, dos direitos humanos e de uma sociedade mais justa.
Luta nos Movimentos Sociais e Início da Carreira Política
Marcon iniciou sua trajetória política no final dos anos 80, na Pastoral da Juventude da Paróquia de Ronda Alta, onde se envolveu na defesa dos direitos dos jovens e dos trabalhadores rurais. Ele também fez parte da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Sua experiência como agricultor e sua participação ativa nos Movimentos Sociais deram a ele uma compreensão profunda das demandas e desafios enfrentados pelos trabalhadores do campo.
Atuação Parlamentar no Rio Grande do Sul
Em 1998, Marcon foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, marcando o início de sua carreira política formal. Ele foi reeleito por mais dois mandatos e presidiu, em duas ocasiões, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Durante seus doze anos de atuação no parlamento gaúcho, ele se destacou como defensor dos direitos das minorias, da liberdade de organização dos trabalhadores e dos Movimentos Sociais. Sua liderança foi reconhecida ao ser escolhido líder da bancada do PT e presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos.
Atuação na Câmara dos Deputados
Em 2010, Marcon deu um novo passo em sua carreira política, sendo eleito deputado federal com expressivos 100.553 votos. Sua atuação na Câmara dos Deputados foi marcada por uma postura firme em defesa dos direitos dos trabalhadores rurais, dos quilombolas, dos indígenas e das minorias. Ele participou ativamente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, denunciando casos de criminalização de indígenas, assassinatos no campo e crimes ambientais. Na Comissão do Trabalho, acompanhou os trabalhos da CPI do trabalho escravo e se engajou na luta contra a escravidão no Brasil. Além disso, ele teve participação na Comissão da Agricultura, atuando em questões relacionadas à agricultura familiar e à reforma agrária.
Posições e Lutas no Congresso Nacional
Marcon é um defensor incansável dos direitos dos pequenos agricultores, dos assentados e da reforma agrária. Ele busca a renegociação e anistia das dívidas rurais, bem como políticas agrícolas que incentivem a permanência dos agricultores no campo. Além disso, ele luta pelos direitos trabalhistas, salários dignos, inclusão social, diversidade, educação pública e de qualidade, fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliação do programa Mais Médicos. Seu mandato é pautado pela defesa das classes menos favorecidas e suas organizações, com ênfase nas demandas dos trabalhadores rurais e das comunidades pobres.